Quem já passou pelo viaduto Miguel Arraes, na esquina da avenida Darcy Vargas, que dá acesso à rua Maceió, pôde observar a beleza da intervenção fotográfica “Olhar que te olha”, projeto idealizado pela fotógrafa Dani Cruz. A proposta, contemplada no Edital de Conexões Culturais 2017, da Prefeitura de Manaus, terá como contrapartida rodas de conversa abertas ao público, além de exibições de um documentário, no próximo sábado, 29/6, em locais e horários distintos.
O primeiro circuito de atividades acontecerá às 10h, no Palacete Provincial, Centro, que vai receber a roda de conversa com o tema “Tópicos sobre desafios de produção versus processo criativo”, e a exibição de um documentário que mostra as pessoas fotografadas revelando seus medos, sonhos, alegrias e julgamentos que receberam ao longo da vida. Já às 14h, as mesmas atividades serão feitas no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (ICBEU Manaus), também no Centro.
“As atividades são voltadas para o processo produtivo das minhas abordagens, além de propor dicas sobre o que eu fiz ou o que eu teria feito diferente. É algo mais focado em pessoas da área mesmo, artistas em geral. Então, estarei à disposição para responder eventuais dúvidas”, explicou Dani Cruz.
Para as pessoas que ainda não visitaram a intervenção, a obra ficará em exposição no viaduto por tempo indeterminado, e também conta com um painel interativo, na área com gramado, em que as pessoas podem escrever e deixar suas mensagens. O projeto “Olhar que te olha” é composto por 250 fotografias, exibindo pessoas anônimas, de diferentes idades, estilos e gêneros. Para a idealizadora, o intuito da intervenção ao ar livre é causar uma reflexão para a sociedade olhar além das aparências e também mostrar a beleza da diversidade.
“Essa intervenção é uma ampliação da exposição que fiz em 2016. Para isso, abordei tanto pessoas na rua mesmo ou entrei em contato com elas pelas redes sociais para poder fotografá-las. Fiz isso para homenagear as pessoas que vivem em Manaus, e, para mim, expor na rua é democratizar a arte de maneira que ela sensibilize as pessoas. Estou tendo um retorno muito alto de pessoas me agradecendo e se emocionando”, declarou a fotógrafa.
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Texto – Thaís Waughan, com informações de assessoria