Patrimônio histórico de Manaus, a Santa Casa de Misericórdia carrega em sua estrutura, datada de 1872, mais que os traços da arquitetura do período Áureo da Borracha, é lembrança viva dos amazonenses. Segundo a empresária, e pré-candidata à Prefeitura de Manaus, Maria do Carmo Seffair, o local mantém muitas lembranças a população.

“São 120 anos de serviços prestados ao povo de Manaus e do Amazonas. É comum encontrarmos pessoas que nos contam que nasceram na Santa Casa. São muitas lembranças que se conectam em um só lugar de história, cura e fé”, conta a empresária e reitora da Fametro Maria do Carmo Seffair.

A Santa Casa, localizada na rua 10 de julho, no centro, zona Sul de Manaus, foi desativada em 2004, tendo sua estrutura quase que completamente saqueada e deteriorada. Em 2019, o prédio histórico foi arrematado em leilão pelo Grupo Fametro, que estima em dois anos inaugurar no local um moderno hospital universitário.

“Assim como o Hotel Tropical, que vamos inaugura final do ano, a Santa Casa também é patrimônio de Manaus e do Amazonas e não podíamos deixar que caísse em ruínas”, diz Maria do Carmo.

Segundo a pré-candidata à Prefeitura de Manaus, por ser um prédio tombado como patrimônio histórico, a obra de restauro não pode ser tão rápida como gostariam.

Maria do Carmo observa as obras do prédio histórico. Foto: Frank Pereira

“A gente precisa se submeter às aprovações do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas deixo aqui a minha crítica pela morosidade nas liberações. A burocracia muitas vezes atrapalha o avanço em nosso pais”, pontua Maria do Carmo Seffair.

Sobre a obra

O prédio da Santa Casa de Misericórdia foi arrematado em leilão pelo Grupo Fametro no ano de 2019 por R$ 9,3 milhões. Logo após aquisição, mais de R$ 10 milhões foram investidos em limpeza, segurança patrimonial, obras de manutenções e troca do telhado.

Fachada da Santa Casa de Misericórdia, localizada na rua 10 de julho, no centro de Manaus. Foto: Frank Pereira

Na primeira etapa da obra, foi realizada a troca completa do telhado. Atualmente, os serviços se concentram na retirada do revestimento antigo de argamassa das paredes internas que estão soltando pela ação do tempo e pelas muitas infiltrações que tinham. As equipes trabalham na aplicação de chapisco areia e cimento, para proteção da estrutura original do prédio.

A expectativa é de que ainda no primeiro semestre deste ano seja liberada uma nova etapa, contemplando a modernização do patio central da unidade. Outras obras civis e instalações especiais também estão previstas até a instalação dos equipamentos hospitalares.

O futuro Hospital Universitário da Fametro abrigará mais de 140 consultórios, oferecendo atendimento pelo SUS, unidades de urgência, diagnóstico, terapia, além de se tornar uma plataforma para formação e desenvolvimento de recursos humanos e pesquisa.

FOTOS: Frank Pereira / Divulgação Fametro

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