Sedecti celebra a chegada do primeiro navio de grande porte em Manaus após 70 dias de seca

Navio Mercosul Suape trouxe mais de 300 contêineres com insumos para abastecer indústria e comércio

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Após 70 dias de restrição à navegação fluvial devido à seca histórica no Amazonas, o primeiro navio de carga de grande porte atracou em Manaus, marcando um momento de retomada na logística fluvial do estado. O secretário-executivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Gustavo Igrejas, acompanhou, nesta quarta-feira (27/11), as operações no Porto Chibatão, localizado no bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul da capital amazonense.

Gustavo Igrejas disse que a retomada das operações foi possibilitada pela recente subida dos rios, complementada por obras de dragagem e pela instalação de píeres provisórios. A articulação entre a secretaria e empresas como o Grupo Chibatão e Super Terminais, acrescentou o secretário, garantiu a navegabilidade e o acesso seguro das embarcações, mesmo durante o período crítico.

“Os portos provisórios que foram colocados em Itacoatiara impediram que a gente tivesse uma paralisação como nós tivemos em 2023 de chegada e saída de mercadoria aqui da Zona Franca de Manaus. Então, é muito importante a chegada desse primeiro navio e a estiagem vai ficando para trás, a gente vai voltando à nossa normalidade”, enfatizou Igrejas.

Na noite de terça-feira (26/11), o Porto Chibatão recebeu o navio Mercosul Suape, trazendo mais de 300 contêineres com insumos para abastecer o comércio e a indústria local. Nesta quarta-feira (27/11), o navio Jacarandá, da Log-In, também é esperado para atracar no porto.

Entenda o cenário

Durante o período crítico da seca, os navios que abasteceram o estado precisaram atracar em píeres provisórios em Itacoatiara. A carga era então transportada em embarcações menores até Manaus, evitando o desabastecimento da região. Com a normalização das condições fluviais, as operações diretas em Manaus estão sendo retomadas gradualmente.

O diretor-executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, ressaltou a importância da união de esforços para superar os desafios da estiagem. “A gente conseguiu garantir que o nosso estado, tanto o comércio quanto a indústria, não ficassem desabastecidos. Então, o Píer Provisório foi essencial para esse processo. A continuidade disso é a subida dos rios para que os navios pudessem chegar até Manaus. Então, o navio da Mercosul chegou ontem e começou a operar, ou seja, o navio passou direto.”

Até o momento, mais de 57 mil contêineres foram movimentados nos píeres provisórios, com 40 navios operando de forma bem-sucedida. Fidelis também mencionou que há um estudo em andamento para avaliar a possibilidade de tornar os píeres provisórios permanentes em Itacoatiara, considerando o custo e a viabilidade de uso durante todo o ano.

Foto: Mauro Neto/Secom

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