A Prefeitura de Manaus alerta a população para o prejuízo ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), ocasionado pelas chamadas falsas, ou trotes. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsável por gerenciar o serviço, a Central de Regulação do Samu contabiliza mais de 5.290 trotes recebidos nos primeiros meses deste ano, numa média de mais de 44 por dia.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, enfatiza que as ligações falsas para o Samu 192 podem acarretar prejuízos sérios à população que utiliza o serviço, na medida em que podem sobrecarregar as linhas de atendimento a usuários, bem como levar ao despacho de equipes e unidades de suporte à vida para atender ocorrências inexistentes.
“Enquanto isso, pessoas que realmente necessitam do Samu 192 têm de esperar mais, correndo risco de morte. Não são apenas brincadeiras de mau gosto, são crimes que prejudicam o atendimento a usuários que de fato podem estar precisando de socorro”, reprova a secretária.
Shádia salienta que, no ano passado, a Central de Regulação do Samu Manaus recebeu um total de 28.217 trotes, numa média de quase 78 ligações falsas a cada dia, sobrecarregando e ocupando as linhas de atendimento. “É um número absurdo. As pessoas que passam trotes precisam se dar conta da gravidade desse crime, que pode custar a vida de um filho, um pai, uma mãe ou o amor de alguém”, pondera.
A secretária realça que passar trotes para os serviços de emergência é um crime previsto no artigo 266 do Código Penal Brasileiro, com penas que vão de um a três anos de detenção, e multa. Em situações de calamidade pública, as penas são dobradas. “Todas as chamadas para o Samu são gravadas e os números de origem registrados, portanto essas pessoas podem até vir a ser responsabilizadas”.
Em atuação há 18 anos em Manaus, o Samu 192 tem como finalidade prestar socorro à população em casos de risco à vida. A cada mês, o serviço realiza quase 5 mil atendimentos de urgência e emergência, que podem ser solicitados pelos usuários por meio da Central de Regulação das Urgências (CRU), pelo número 192.
Foto – Divulgação / Semsa