O Governo do Amazonas está recebendo, em média, quatro voos diários da Força Aérea Brasileira (FAB) com oxigênio líquido para abastecer as unidades de saúde do Estado. Cada aeronave tem capacidade para transportar até cinco mil metros cúbicos do insumo, e o envio do material faz parte da ação integrada entre Governo do Estado, FAB e Ministério da Saúde, para reforçar o abastecimento da rede de hospitais.
Os insumos estão sendo transportados pelas aeronaves KC 390 e C 130, com grande capacidade para transportar cargas e pessoal. O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, ressalta que, desde que foi identificada a dificuldade logística para trazer oxigênio para Manaus, o Governo do Amazonas solicitou apoio do Governo Federal que disponibilizou aviões das Forças Armadas.
“Vale ressaltar que o oxigênio líquido só pode ser transportado em aviões não pressurizados pelo risco da explosão, então, somente aviões militares conseguem esse transporte. Nós temos alguns transportes com aviões de linhas comerciais, mas só de oxigênio na forma gasosa em cilindros e é um transporte limitado”, disse o secretário.
O transporte por linhas comerciais é limitado devido à peculiaridade do oxigênio gasoso, que é altamente inflamável. Por isso, são transportadas até 200 balas de oxigênio, o equivalente a dois mil metros cúbicos, por viagem.
Transporte fluvial – A mobilização para o transporte de novas cargas de oxigênio também acontece por via fluvial. Com plantas em diversas cidades do país, a White Martins, fornecedora contratada pelo Estado, tem enviado cargas até Belém, de onde é feito o transporte até Manaus por meio de balsas. “Hoje nós temos saindo de Belém, todos os dias, uma balsa para suprir a demanda aqui de Manaus, que já ultrapassa 73 mil metros cúbicos”, pontuou Campêlo.
As balsas aportam na capital amazonense trazendo caminhões com capacidade para transportar 9 mil e 25 mil metros cúbicos de oxigênio. Para agilizar a distribuição dos insumos, parte do carregamento desembarca e já percorre toda a rede de saúde da capital para abastecimento. Parte desse carregamento é levada à sede da empresa em Manaus, onde é feito todo o processo de engarrafamento do oxigênio e, posteriormente, distribuída também para o interior do Amazonas.
FOTO: Diego Peres e Herick Pereira/Secom