Prefeitura de Manaus promove ação de prevenção da dengue no bairro Japiim

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Encerrando a programação do mês de julho para a intensificação das ações de combate à dengue, doença que tem como vetor de transmissão o mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Manaus promoveu nesta quinta-feira, 28/7, uma ação de Educação em Saúde no bairro Japiim, zona Sul.

O cronograma de ações foi iniciado no dia 5 de julho e atingiu também áreas dos bairros Coroado II e Zumbi II (zona Leste), Dom Pedro e Lírio do Vale (zona Oeste), Cidade Nova e Novo Aleixo (zona Norte) e Betânia (zona Sul).

No Japiim, a ação foi executada por agentes de endemias e técnicos de Educação em Saúde do Distrito de Saúde (Disa) Sul, com ponto de concentração na praça do Beco Aldo Cabral. Foram realizadas visitas domiciliares para orientar moradores sobre a importância da eliminação de depósitos de água que podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti e sobre destinação adequada do lixo.

O chefe de Controle de Endemias do Disa Sul, Luciano Lopes da Silva, explicou que um levantamento, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) no mês de abril, apontou que os depósitos de lixo representam a maioria de criadouros do Aedes aegypti encontrados nos domicílios de Manaus.

“A ação de intensificação realizada no mês de julho ocorreu nos bairros considerados mais vulneráveis para as doenças transmitidas pelo Aedes, com maior registro de casos de dengue. Uma das estratégias é orientar a população sobre o cuidado com o descarte do lixo residencial, como o copo descartável, garrafas, pneus e outros objetos que muitas vezes são esquecidos nos quintais e podem acumular água e facilitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou Luciano Silva.

Outra estratégia utilizada pelos agentes de endemias é a implantação do “Check List 10 Minutos Contra o Aedes”, que orienta a população a vistoriar uma vez por semana o próprio domicílio, identificando os riscos e eliminando possíveis criadouros.

“O ciclo de vida do mosquito leva de sete a dez dias. Então, uma vistoria semanal vai evitar a proliferação do Aedes e o risco de doenças. Atualmente, não há registro de aumento de casos de dengue e ainda estamos em um período quente do ano, com poucas chuvas. Mas precisamos manter a vigilância, porque já em outubro deve começar um período de chuvas mais frequentes, o que aumenta o risco”, destacou Luciano Silva.

A técnica de Educação em Saúde do Disa Sul, Doroteia Cavalcante, ressaltou que o trabalho realizado pelos agentes de saúde sobre a destinação adequada do lixo é estratégica para a prevenção contra a dengue, mas também contra outras doenças.

“O lixo pode atrair ratos, o que contribui para o surgimento de casos de doenças como a leptospirose. As ações de educação em saúde colaboram na multiplicação de informações, alcançando um número maior de pessoas para que todos possam entender que armazenar o lixo em local correto pode evitar doenças nas áreas em que moram ou trabalham”, explicou Doroteia.

Para Ana Lúcia Silva, moradora do Japiim que recebeu a visita de um agente de endemias, a ação foi importante para reforçar o alerta na comunidade.

“Na prevenção contra a dengue, eu colaboro evitando acumular água em casa e sempre colocando o lixo na lixeira corretamente, mas muita gente não tem esse cuidado. Por isso, é importante esse alerta sempre, para que as pessoas possam corrigir as ações e procurar fazer o melhor para a sociedade”, afirmou Ana Lúcia.

Casos

Neste ano, o município de Manaus registrou 844 casos confirmados de dengue, mostrando redução em relação ao mesmo período do ano de 2021, quando foram confirmados 3.445 casos da doença entre os meses de janeiro e julho.

O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Alciles Comape, explica que, mesmo com a redução de casos, a Semsa continua o trabalho de rotina no controle ao Aedes aegypti.

“A intensificação das ações no mês de julho em oito bairros, que apresentavam maior vulnerabilidade com o aumento de casos de dengue foi mais uma das estratégias que a Semsa desenvolve durante o ano para reduzir o risco de doenças entre a população. O trabalho ocorre na rotina de serviços, mas, de acordo com a situação epidemiológica, são planejadas ações pontuais e direcionadas para reduzir os riscos, com um trabalho de vigilância permanente”, garante Alciles Comape.

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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa

Fotos – Henrique Souza / Semsa

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