A Prefeitura de Manaus abrirá 508 pontos de imunização durante o ‘Dia D’ da Campanha de Vacinação Contra Influenza e Sarampo, que será realizado no sábado, 14/5, das 8h às 17h, nas zonas Norte, Sul, Leste e Oeste da capital. A mega-ação irá envolver quase 1,5 mil profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e tem como objetivo incentivar a adesão e facilitar o acesso dos públicos às vacinas.
O secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, anunciou que sete grupos prioritários serão alcançados no ‘Dia D’. Os detalhes foram divulgados em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira, 12/5, no auditório Dr. Deodato de Miranda Leão, na sede da secretaria, da qual também participou a chefe da Divisão de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes.
“Temos a responsabilidade de proteger a população de Manaus contra a influenza e o sarampo, e desde o dia 4 de abril estamos levando as vacinas para mais perto das pessoas. A estratégia do ‘Dia D’ segue um dos princípios do SUS (Sistema Único de Saúde) de descentralizar os pontos de imunização, e, por isso, teremos um grande número de postos fixos, além dos postos volantes, que irão percorrer áreas com vazios assistenciais na cidade e atender os acamados”, disse.
Djalma Coelho explicou que a vacina será disponibilizada em unidades de saúde da Semsa e em diversos locais alternativos com grande fluxo de pessoas, como igrejas, supermercados, shoppings, padarias, feiras, lanchonetes e farmácias. Ele orientou que a população escolha onde se vacinar, conferindo a lista completa dos locais de vacinação no site da Semsa (semsa.manaus.am.gov.br) ou nas redes sociais da secretaria (@semsamanaus no Instagram, e Semsa Manaus no Facebook).
De acordo com o secretário, a vacina contra o sarampo (tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola) poderá ser tomada por trabalhadores da saúde, tanto da rede pública quanto privada, e crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias).
Já o público-alvo da vacina contra a influenza (trivalente, eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação, o H1N1, H3N2 e linhagem B/Victoria) inclui crianças de 6 meses a menores de 5 anos; idosos de 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; grávidas (de qualquer idade gestacional); puérperas (até 45 dias após o parto), professores (redes pública e privada) e povos indígenas aldeados.
“Na zona rural da capital, a intensificação da campanha já está acontecendo dentro da realidade logística das equipes de saúde, que percorrem as comunidades pelos rios e pelas estradas. Já os indígenas incluídos nesta fase da campanha recebem os imunizantes a partir dos Distritos Especiais de Saúde Indígena (DSEI)”, explicou o titular da Semsa.
O público deve apresentar o cartão de vacina e um documento de identificação com foto para receber o imunizante.
A Semsa orienta, ainda, que os professores e trabalhadores da saúde apresentem crachá, carteira de trabalho ou contracheque para comprovar o vínculo empregatício na área. As grávidas e puérperas devem apresentar o cartão de pré-natal.
Meta
A meta da Prefeitura de Manaus é imunizar 90% de um público estimado em 455.143 pessoas contra a influenza, que integram os sete grupos prioritários monitorados pelo Ministério da Saúde. A vacina contra o sarampo tem como meta alcançar 95% do público-alvo estimado em 216.407 pessoas, sendo 159.789 crianças de seis meses a menores de 5 anos, e 56.618 trabalhadores da saúde.
“É importante ressaltar que, nas unidades de saúde, a criança que estiver com alguma vacina atrasada poderá atualizar sua Caderneta de Vacinação. Vai ser uma grande oportunidade para que a população receba a vacina perto de casa e com rapidez. Peço que chamem seus amigos, familiares e vizinhos para se unir nessa rede de proteção”, reforçou o secretário.
Djalma lembrou que o município de Manaus recebeu do Ministério da Saúde 73,79% do número necessário de doses para atender os sete grupos prioritários iniciais.
A imunização será aberta para os outros dez grupos previstos após o recebimento de novas doses. Os grupos são os de pessoas com deficiência permanente; Forças de Segurança e salvamento; Forças Armadas; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso (motorista e cobrador em exercício efetivo); trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
Sarampo
O secretário Djalma Coelho alertou que o município se encontra em situação de vulnerabilidade por conta da baixa cobertura vacinal de crianças contra o sarampo. Em 2021, a vacinação alcançou 74,5% do público-alvo, enquanto a meta é 95%.
“O sarampo costuma ser mais severo em crianças menores de 2 anos de idade, embora possa atingir pessoas de qualquer idade, e a vacina é a única ferramenta que protege contra os casos graves. Também pode haver transmissão vertical da doença, quando a criança é infectada ainda na gestação, com risco de malformação do bebê”, explicou.
Na década de 80, o sarampo foi uma das principais causas de mortalidade infantil no País, cenário que foi revertido por conta das vacinas. Em 2016, o Brasil se declarou livre da doença, mas, em 2019, voltou a confirmar novos casos. Djalma destacou que Manaus está em um cenário ainda mais delicado porque 90% dos novos casos confirmados de sarampo ocorreram na região Norte, segundo o Ministério da Saúde.
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Texto – Victor Cruz / Semsa
Foto – Camila Batista / Semsa