Operação Tamoiotatá aplicou R$ 10 milhões em multas por crimes ambientais no sul do AM

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Ação do Governo do Estado está na 7ª fase na área conhecida como ‘arco do desmatamento’.

Em quatro meses de combate ao desmatamento e queimadas ilegais, a operação Tamoiotatá 2 já aplicou R$ 10,7 milhões em multas por crimes ambientais em 2022. A ação que envolve órgãos ambientais e de segurança do Governo do Estado está na 7ª fase, atuando na área conhecida como “arco do desmatamento”, no sul do Amazonas.

Conforme o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), as multas foram aplicadas em cinco municípios: Apuí, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã e Humaitá. Desde o início dos novos trabalhos, em março, mais de 10 mil hectares já foram embargados.

Como parte do monitoramento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) ativou o Centro Integrado de Comando e Controle Local (CICC-L) nos municípios de Apuí e Humaitá para a integração entre órgãos públicos. A ação auxilia em ações de combate aos crimes ambientais, fortalecendo a presença do Estado.

“São órgãos da esfera estadual e federal, e também muitas das vezes com apoio da prefeitura. Estaremos atuando aqui na parte sul do Amazonas, no arco do desmatamento, para combater crimes ambientais”, afirmou o secretário.

Fases
A operação Tamoiotatá 2, no sul do Amazonas, iniciou no dia 7 de março, com previsão para encerrar em novembro, na 16ª fase. As fases compreendem ciclos de 15 dias, quando os profissionais de campo são substituídos.

Até junho, os dados da SSP registraram uma prisão e sete apreensões, entre elas tratores, escavadeiras, motosserras, armas e GPSs.

O chefe do Departamento de Planejamento Integrado (DPI), da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), capitão Willian Gomes, destaca o envolvimento de grupos criminosos nestes locais.

“Geralmente, quem está no local (dos crimes) nem sempre é o mandante, quem financia esse tipo de prática criminosa, mas, havendo alguém ali que possa ser identificado, ele é conduzido à delegacia”, explicou Willian.

Fiscalização
De acordo com o gerente de fiscalização ambiental do Ipaam, Gelson Batista, existe uma preocupação maior durante o chamado “verão amazônico”, quando as queimadas costumam ser mais intensas.

“As forças de segurança, junto com o Ipaam, estão em campo diariamente atuando. Nesse segundo semestre, principalmente agora que vêm as queimadas, estamos tentando inibir essas ações”, frisou Gelson.

A Operação Tamoiotatá está inserida no Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas no Amazonas, que visa orientar a segurança ambiental no biênio 2020-2022. O plano foi lançado pelo governador Wilson Lima em junho de 2020.

Fazem parte da força-tarefa equipes do Ipaam, Defesa Civil do Amazonas, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e órgãos da Segurança Pública: Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), da Polícia Militar, e Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), da Polícia Civil, além das secretarias executivas da SSP.

A operação também conta com parceria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Rodoviária Federal (PRF-AM), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, Ibama e ICMbio.

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