Novo bombardeio com drones atinge Kiev

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A capital da Ucrânia voltou a ser alvo de ataque com drones nesta segunda-feira (19), informou a administração militar regional, que apelou à população para que se mantenha pronta para se dirigir a abrigos. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Kiev afirma que as forças russas continuam a recorrer a aparelhos Shaded, de fabricação iraniana.

“O inimigo está atacando a capital”, escreveu a administração militar de Kiev na plataforma de mensagens Telegram, acrescentando que foram abatidos pelo menos nove drones “no espaço aéreo” da capital ucraniana. O primeiro alerta para bombardeios aéreos soou à 1h56 (hora local) e perdurou por cerca de três horas.

Pelas 5h24 locais, ouviu-se um segundo alerta, que não foi além de 30 minutos. O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, relatou “várias explosões ouvidas nos bairros de Solomianskyi e Shevchenkivskyi”. As estruturas militares russas começaram a privilegiar, a partir do outono, uma estratégia de bombardeios em massa, visando, em particular, a infraestruturas energéticas da Ucrânia.

Milhões de civis enfrentam inverno rigorosorio e repetidos cortes de energia. Em Moscou, o Ministério russo da Defesa insiste na ideia de que essas sucessivas ondas de ataques não visam as populações civis, mas têm como alvo a rede de abastecimento de energia elétrica, além das rotas de “transferência de armas e munições de produção estrangeira”.

Na sequência do ataque russo de sexta-feira 16), quando foram lançados sobre a Ucrânia mais de sete dezenas de mísseis, a operadora de eletricidade do país viu-se forçada a impor cortes de emergência, tendo em vista proceder a reparação. Em Kiev, a população civil procurou abrigo em estações de metrô.

Segundo o presidente ucraniano, na noite de domingo já havia sido possível repor o abastecimento de energia para cerca de 9 milhões de pessoas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou também o pedido de apoio ao Ocidente, sustentando que os sistemas de defesa anti-aérea são o mecanismo mais eficaz para forçar o fim do conflito.

Isto no momento em que crescem rumores sobre o risco de novos ataques em massa, desencadeados a partir da fronteira bielorrussa. Na semana passada, aliados ocidentais comprometerem-se a fazer chegar a Kiev um pacote de ajuda suplementar estimado em bilhões de euros.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, deverá anunciar hoje, durante reunião na Letónia com líderes do Norte da Europa, do Báltico e dos Países Baixos, nova remessa de munições para sistemas de artilharia. Estima-se que 17,7 milhões de ucranianos necessitem, atualmente, de ajuda humanitária. Desses, 9,3 milhões precisam de alimentos e alojamento.

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