Minidocumentário sobre o Parque das Tribos mostra a presença indígena na área urbana de Manaus

O lançamento encerrou o mês dos povos indígenas. O minidocumentário pode ser visto no canal do YouTube/Carlos Kokama

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A Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), lançou, nesta sexta-feira, 26/4, o minidocumentário “Projeto Indígena na Área Urbana de Manaus – Parque das Tribos”, financiado pela Lei Paulo Gustavo (LPG). O evento aconteceu no Museu da Cidade de Manaus (Muma), na praça Dom Pedro 2°, centro histórico da cidade.

O projeto, que tem como personagem principal a líder indígena Lutana Kokama, uma das fundadoras do bairro Parque das Tribos. A obra audiovisual de 18 minutos de duração destaca a força da mulher indígena, que luta pela melhoria de um povo. Por essa razão, Lutana foi convidada para palestrar na 10ª edição da “Brazil Conference em Harvard e MIT – O Encontro de Vários Brasis”, na universidade de Cambridge, em Boston, nos Estados Unidos, no início do mês.

O presidente do Concultura, Neilo Batista, ressaltou que este é um evento importante para a cultura manauara. Além de ser o primeiro produto apresentado como resultado da LPG, é um produto da nossa essência, dos povos originários.

“Este projeto é, também, resultado do trabalho de busca ativa que a prefeitura realizou em comunidades periféricas e ribeirinhas, cobrindo as áreas urbanas e rurais de Manaus. Realizamos curso de Elaboração de Projetos e tomamos à termo para que fossem contemplados com os recursos nunca antes recebidos por esses comunidades”, salientou Neilo.

Carlos Kokama, autor do projeto do minidocumentário agradeceu o apoio da prefeitura, por meio do Concultura que administrou os recursos da Lei Paulo Gustavo. “Só temos a agradecer de estarmos neste espaco público e ancestral de nosso povo para contar a história da saga de nossa gente lá no Parque das Tribos”, disse.

A cacique Lutana Lutana ressaltou que a criação do Parque das Tribos é muito importante como afirmação indígena no contexto urbano. “Já me falaram que minha cara é de indígena, mas o corpo não. São pessoas que não têm conhecimento, nem consideração pelos indígenas não aldeados”, considerou.

Sobre ser contemplada pela LPG, ela afirmou que “além de nós, outros parentes também foram contemplados pela LPG”.

O documentário teve um pré-lançamento nos EUA. “Fomos a Boston falar sobre nossa cultura e nossa realidade como indígena da cidade, que luta pelo seu espaço e seus direitos. Estamos aqui, hoje, mostrando nossa luta no Parque das Tribos, um lugar formado por mulheres que construíram uma comunidade multiétnica”, concluiu.

O lançamento encerrou o mês dos povos indígenas. O minidocumentário pode ser visto no canal do YouTube/Carlos Kokama.

Foto – Phil Limma / Semcom

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