O jovem lutador indígena Mateus Kokama está prestes a participar de um embate internacional. No Lions Fights MMA, neste sábado (11/05), às 19h30, na rua Louro Branco, nº 170, no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus, Mateus se prepara para enfrentar o russo Zulyar Sharafidinov, conhecido como Zurick.
Nilton Makaxi, diretor-presidente da Fepiam, destaca a importância de apoiar jovens indígenas envolvidos no mundo do esporte. “Merece destaque o valor dos jovens que dedicam suas energias ao esporte, em busca de uma vida melhor e crescimento pessoal. Esse processo de desenvolvimento não só amplia a visibilidade das etnias, como também nos desafia a levar a cultura indígena a lugares onde ainda é desconhecida”, afirmou.
Aos 22 anos de idade, Mateus Kokama já coleciona o histórico de 12 vitórias invictas no gi-nogi no Lions Fights, e agora ele se lança no cenário MMA na arena Lions, sob a orientação de seu mestre, Edmilson Freitas, da Coral Negra de Jiu Jitsu.
Treinando desde os 5 anos de idade sob a tutela de seu pai e instrutor, Eliel Kokama, Mateus absorveu as técnicas de luta e se dedicou incansavelmente ao seu aprimoramento. Além disso, ele tem participado de diversas competições, treinando de segunda a sexta-feira para enfrentar seus adversários com determinação e habilidade.
Para Eliel, o pai de Mateus, o esporte é mais do que uma atividade física; é uma ferramenta poderosa para moldar o caráter e o futuro dos jovens. “Desde cedo, incentivo meu filho a se envolver em atividades esportivas, com o objetivo de mantê-lo afastado das influências negativas. O esporte desempenha um papel crucial no desenvolvimento dos adolescentes, ao ensinar disciplina mental e física, promovendo assim uma vida mais responsável. Meu desejo para meu filho é que ele alcance a vitória. É emocionante vê-lo lutando, e eu vibro junto com ele. Na hora de entrar no ringue, desejo a ele determinação e sabedoria para aplicar as técnicas que aprendeu”.
Joabe Leonam, diretor-técnico da Fepiam, ressalta a importância vital de ter jovens indígenas atuando no cenário esportivo como agentes de representatividade e inspiração. “A presença de jovens indígenas no esporte não apenas proporciona visibilidade às suas comunidades e culturas, mas também serve como um poderoso símbolo de superação e resiliência. Esses atletas não apenas competem em nome de si mesmos, mas também carregam o orgulho e as tradições de seus povos”, enfatizou Leonam.
Foto: Fillipe Barroso/Fepiam