Com o tema “O trabalho infantil que ninguém vê”, a Prefeitura de Manaus, iniciou, nesta quarta-feira, 12/6, a campanha “Prevenção e Combate ao Trabalho Infantil”. A ação acontece, até o fim do mês de junho, nas unidades de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com o objetivo de chamar atenção para a invisibilidade do trabalho infantil no Brasil, bem como sensibilizar a sociedade sobre as consequências dessa prática tão danosa para a infância e a importância de garantir às crianças e aos adolescentes o direito de brincar, estudar e sonhar.

A ação é coordenada pela Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais (Gacpe), da Semed, que orienta as escolas no período da campanha com realização de atividades coletivas, rodas de conversas, caminhadas, debates nas escolas, entre outras ações em parceria com instituições que fazem parte da Rede de Proteção da Criança e Adolescente.

Para a coordenadora das Ações de Prevenção e Enfrentamento às Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes da Semed, Eliana Hayden, é de suma importância adotar medidas de prevenção contra o trabalho infantil nas escolas do município.

“O trabalho infantil é um problema persistente que afeta milhares de crianças e adolescentes em todo o país, por esse motivo, hoje, estamos fazendo o ‘Dia D’ de Combate ao Trabalho Infantil nas escolas. Embora existam leis rigorosas que proíbam o trabalho de menores de idade, é importante alertar as nossas crianças que todas precisam ter uma infância saudável e com o desenvolvimento na educação”, afirmou Eliana.

A campanha iniciou na escola municipal Vila da Felicidade, no bairro Mauazinho, zona Leste, com palestras sobre o tema, ministrada pela aluna Eloah da Penha, do 5º ano. A estudante repassou aos estudantes as causas, consequências e como devem evitar que ocorra a exploração do trabalho infantil.

“Hoje eu vim conscientizar meus colegas sobre o trabalho infantil, por ser muito comum, isso acontece quando uma criança com poucas condições precisa fazer algo para ganhar dinheiro. Diante dessa necessidade, alguns pais obrigam as crianças a trabalharem, o que é muito errado, já que somos amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o qual afirma que a criança tem direito ao lazer, educação e infância”, concluiu a estudante.

A unidade de ensino atende 165 estudantes na educação integral e, de acordo com a pedagoga Nalza Maria, é muito importante desenvolver a campanha na escola, já que a unidade está localizada em bairro de vulnerabilidade social. “Nossa escola está localizada em um bairro com vários problemas sociais, por isso é tão importante desenvolver campanhas como essas e da forma que os alunos compreendam”, comentou a pedagoga.

Foto – Ulisson Santos/ Semed

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