Prefeitura de Manaus qualifica servidores da saúde para acolhimento com foco na tuberculose

Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a formação teve início, na quarta-feira, 4/12, e segue até a quinta, 12/12, reunindo turmas de trabalhadores dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Leste, Oeste e Sul

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Servidores da Prefeitura de Manaus que trabalham nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) estão participando de um curso com enfoque no acolhimento de pacientes em tratamento e usuários com suspeita de tuberculose, dentro das estratégias da gestão municipal para o fortalecimento da prevenção e vigilância da doença. Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a formação teve início, na quarta-feira, 4/12, e segue até a quinta, 12/12, reunindo turmas de trabalhadores dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Leste, Oeste e Sul.

Trabalhadores de saúde da recepção de unidades básicas e técnicos de enfermagem atuantes no atendimento a pacientes participam do curso, conduzido por profissionais do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa e equipes da área de Tuberculose dos Disas.

As duas primeiras turmas ocorreram na quarta-feira, 4/12, com equipes do distrito Norte, e na sexta, 6/12, do Sul, somando ambas 86 participantes. A atividade continua com a turma do Disa Oeste, nesta terça, 10/12, e termina com a do Leste, na quinta, 12/12, cada uma com vagas para 60 servidores. A carga horária é de 4 horas.

Conforme o chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose, Alexandre Inomata, o curso busca a participação ativa e a troca de conhecimentos, com o objetivo de sensibilizar os servidores para a importância do acolhimento de usuários e pacientes com a doença.

“O acolhimento desempenha um papel fundamental na adesão ao tratamento da tuberculose, considerando que este demanda um longo período, geralmente de seis meses ou mais, sendo desafiador para o paciente e para a equipe que acompanha”, observa.

Um acolhimento adequado, assinala Alexandre, estimula o paciente a manter o tratamento até o final, promovendo confiança e segurança, reduzindo o estigma e facilitando o retorno para consultas na unidade de saúde. “Mais que uma abordagem técnica, ele é essencial para um atendimento de saúde centrado no paciente, que promove melhores desfechos e contribui para o controle da tuberculose na comunidade”.

Além do papel do acolhimento, o conteúdo programático do curso inclui noções sobre a tuberculose e sua classificação de risco na APS, e sobre a Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), que ocorre quando a pessoa infectada pelo Mycobacterium tuberculosis não exibe sinais da doença. O objetivo, segundo Alexandre, é alertar as equipes de saúde a importância do diagnóstico e tratamento precoce, reforçando a compreensão dos sintomas, modos de transmissão e prevenção.

“Cerca de 25% da população mundial tem ILTB, e essas pessoas representam risco para desenvolver a tuberculose ativa, por isso é importante tratar a infecção latente, reduzindo o risco de progressão para a doença em sua forma ativa”, assinala o chefe do Núcleo de Tuberculose.

Alexandre pontua que, no ano passado, a rede municipal de saúde conduziu 1.554 tratamentos de pessoas com ILTB. Neste ano, até o dia 9/12, o número chega a 1.721 tratamentos, dos quais 835 estão em andamento. “Manaus é a terceira capital com maior número de tratamentos preventivos realizados no país, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro”, ressalta.

Agravo e tratamento

Uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo, a tuberculose afeta milhões de pessoas a cada ano. Manaus lidera entre as capitais na incidência do agravo, com 116 casos para cada 100 mil habitantes.

Em 2023, conforme dados da Semsa Manaus, o município registrou 2.781 casos de tuberculose; neste ano, até 9/12, o total é de 2.862 casos. Ao todo, 1.429 pacientes hoje estão sendo acompanhados para tratamento da doença nas unidades da APS.

Foto – Divulgação / Semsa

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