Cinquenta e três mulheres assistidas pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) estão fazendo provas da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), na quinta (18/07) e sexta-feira (19/07). A medida é uma iniciativa do Governo do Amazonas em ofertar serviço integral para que mulheres consigam sair do ciclo de violência.
A ação é uma parceria entre a Sejusc e a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, para que as assistidas no Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) concluam o Ensino Médio. Ao todo, 16 mulheres farão as provas de Ensino Fundamental, e 37 do Ensino Médio.
A secretária executiva de Políticas para Mulheres (SEPM), Lilian Gomes, destaca que a Sejusc atua como porta de entrada para denúncias de mulheres em situação de violência, com o auxílio psicossocial, encaminhamento para delegacia ou para atendimento de saúde, se for o caso. Após esse primeiro contato, a Sejusc segue o acompanhamento.
“Nós temos um trabalho integral com a mulher, que passa pela identificação das necessidades dela, como ensino, mercado de trabalho, porque sabemos que muitas permanecem no ciclo por causa da dependência financeira, então, estimular e facilitar que elas concluam o Ensino Médio ou Técnico, é dar mais oportunidades”, frisa Lilian.
Por meio do projeto Direitos, Equidade, Liberdade, Autonomia e Segurança entre as Mulheres (Delas)- que viabiliza as iniciativas educacionais – 10 mulheres foram certificadas em 2023, em uma cerimônia realizada no Cream, com participação da Sejusc e Secretaria de Educação.
Projeto “Delas”
O projeto atende mulheres que foram vítimas de violência e que enfrentaram desafios em sua trajetória educacional, ajudando-as a retomar os estudos. A maioria das participantes são assistidas e encaminhadas pelo Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) e pelo Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem).
A iniciativa está sob a Coordenação de Promoção de Igualdade para o Mundo do Trabalho e Autonomia Econômica (CPIMT), da Sejusc, que desde 2019 atende mulheres vítimas de violência doméstica, vulnerabilidade financeira, privação de liberdade, entre outras situações de calamidade.
FOTO: Lincoln Ferreira/Sejusc