A Prefeitura de Manaus divulgou, nesta segunda-feira, (19/2), a nova edição do Informe Epidemiológico das Arboviroses, atualizando o cenário de casos de dengue, zika, chikungunya e oropouche no município. A edição de nº 7 da publicação, elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), traz números referentes à Semana Epidemiológica 7 de 2024, dos dias 11 a 17/2.

Segundo o informe, Manaus registrou 12 novos casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos. Foram ainda notificados 395 casos suspeitos no período, estando 2.577 casos atualmente em investigação. Sem registros na semana, segue apenas registrado 1 óbito confirmado pela arbovirose; dois outros óbitos estão sendo investigados.

Um caso suspeito de zika foi notificado na última semana e outros 17 estão em investigação, não havendo casos novos pela doença. De chikungunya, o relatório semanal traz um caso confirmado, sete casos notificados (suspeitos) e 41 em investigação. Não há óbitos confirmados ou em investigação por essas arboviroses.

O informe aponta ainda 20 novos casos de oropouche, confirmados por critério laboratorial, mediante exame diferencial realizado em casos suspeitos de infecção por dengue. A publicação não indica casos notificados da doença, por não ser de notificação obrigatória. Permanece em um o número de óbitos confirmados pela arbovirose, sem novos registros na última semana epidemiológica.

No acumulado deste ano, o relatório da Semsa contabiliza 997 casos confirmados de dengue, cinco de zika e um de chikungunya. Foram notificados 5.242 casos suspeitos de dengue, 32 de zika e 50 de chikungunya no período.

O Boletim Epidemiológico de Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa Manaus. Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualização.

Imunização

Complementando as estratégias de vigilância, prevenção e controle de arboviroses, a prefeitura dará início à vacinação contra a dengue no município nesta quinta-feira, (22/2), com atendimento inicialmente voltado a crianças de 10 e 11 anos de idade, em 171 salas de vacina distribuídas em todas as zonas distritais de saúde da capital.

A estratégia tem como meta imunizar 90% da população na faixa etária de 10 a 14 anos. As crianças de 10 e 11 anos foram definidas como primeiro grupo a receber a vacina em razão da limitação de doses e do maior índice de hospitalização, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

A estratégia irá alcançar progressivamente as demais idades dentro da faixa etária prevista na ação, à medida que novos lotes da vacina forem destinados ao município.

Prevenção

A Semsa também dá continuidade a medidas de prevenção e controle que são realizadas ao longo de todo o ano, de forma permanente, e reforçadas no período de chuvas na região, nos meses de novembro a abril, mais favorável à proliferação de mosquitos vetores de doenças, como o Aedes aegypti. As ações incluem, entre outras, o manejo ambiental e as inspeções dos agentes de vigilância nas residências.

A titular da Semsa Manaus, Shádia Fraxe, enfatiza que a população também tem papel importante no enfrentamento das arboviroses, por meio da identificação e eliminação de pontos com água parada nas residências e quintais.

“Sabemos que a maior parte dos criadouros está dentro das casas, e por isso pedimos aos moradores que inspecionem as áreas internas e externas de suas moradias, ao menos uma vez por semana, para eliminar potenciais criadouros e evitar a proliferação dos mosquitos”, orienta a secretária.

As medidas para combate às infestações incluem manter as caixas d’água bem tampadas, encher de areia os pratos de plantas, limpar calhas e ralos, guardar pneus em áreas cobertas, guardar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, amarrar bem sacos de lixo, evitar o acúmulo de sucata e/ou dejetos nos quintais, entre outros.

Foto: Divulgação / Semsa

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