O Governo do Amazonas, por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), está monitorando 38 municípios com relação às cepas virais da Influenza Aviária (IA), em propriedades que realizam a criação de subsistência e que são pontos considerados de maior risco relacionado às rotas migratórias de aves no estado.

A inspeção faz parte da segunda etapa do Inquérito Epidemiológico que vem ocorrendo desde o início do ano, período em que foi realizada a primeira etapa voltada para a avicultura industrial. Esse monitoramento foi realizado em 25 municípios amazonenses, sendo em estabelecimentos que alojam acima de mil aves.

“A Adaf vem atuando com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de tal forma que a doença está sob controle. Os criadores e produtores de ovos e de aves são cientes porque já recebem acompanhamento de um médico veterinário, mas aqueles que atuam na subsistência, com a criação de patos, galinhas, gansos, é importante atentar para que os animais não fiquem soltos durante a noite, assim como evitar que os alimentos desses animais fiquem de fácil acesso, evitando alimentação fora do ambiente fechado”, explicou o diretor-presidente da Adaf, José Omena.

José Omena assegura o consumo de aves no estado, tendo em vista o compromisso do Governo do Amazonas com o trabalho de monitoramento e prevenção. “É uma preocupação do Governo do Estado de deixar a população mais tranquila, e saber que estamos atuando para evitar que essa doença chegue em nossos plantéis comerciais e de subsistência”.

Segundo a médica veterinária da Adaf e coordenadora do inquérito epidemiológico de aves no Amazonas, Fernanda Rech, a segunda etapa do monitoramento leva em consideração fatores de maior risco que estão relacionados com as rotas de migração de aves silvestres. “A segunda etapa é voltada para a agricultura de subsistência, que são criações menores e de animais que ficam livres, e que têm maior vulnerabilidade com aves migratórias e animais silvestres. Ela está correndo de 38 municípios, sendo em 89 propriedades. A seleção das propriedades levou em consideração se elas estão próximas de cursos d’água e se têm outras espécies, como marrecos, gansos”.

Certificação

O gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adaf, Emílio Afonso, destacou a importância dos produtores e consumidores sempre atentarem para os selos de certificação dos produtos nos estabelecimentos comerciais.

“Os serviços de inspeção estabelecidos são equivalentes, e não é um serviço que só faz auditoria, ou libera um produto para ser consumido, ele faz parte de todo um processo de certificação desse empreendimento, que é garantida por um padrão internacional. O produtor deve atentar para o selo, em que tem o Serviço de Inspeção Estadual (SIE), um Selo de Inspeção Municipal (SIM), assim como o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)”, destacou Emílio Afonso.

Segundo o gerente de inspeção, esses selos garantem a qualidade do produto, e o consumidor deve sempre procurar o produto de origem animal, seja em aves, queijo, manteiga ou peixe, o rótulo onde tem as definições que ele precisa saber sobre aquele item

O Governo do Amazonas vem intensificando as ações de monitoramento de cepas virais da Influenza Aviária, no Amazonas, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarar estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil. A medida tem validade de 180 dias e consta na Portaria nº 587, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) do dia 22 maio deste ano.

Influenza aviária

A influenza aviária é causada pelo vírus influenza tipo A. Ele evoluiu e é altamente patogênico, ou seja, com alto índice de contágio, com impactos severos no setor da avicultura. Além da necessidade do abatimento das aves, há um retardo no ciclo de produção. A doença chegou à Colômbia, Peru e Equador, e no dia 2 de dezembro de 2022, o vírus foi detectado em pelicanos na região costeira norte do Estado de Anzoátegui, na Venezuela, segundo informações do governo daquele país.

Notificação

A Adaf orienta que as pessoas não recolham aves doentes ou mortas, e notifiquem o serviço veterinário oficial para evitar que a doença se espalhe. A comunicação pode ser feita junto a um escritório local da Adaf, pelo AdafOuv no número: (92) 99380-9174 ou por meio do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet).

Fotos: Antonio Lima / Secom

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