Foi adiado para o dia 07 de julho, o julgamento da morte de Viviane Costa. Segundo os advogados de defesa da vítima, um dos advogados de defesa dos réus, abandonou o plenário e a justiça do estado precisou adiar para uma nova data.
Por meio de nota enviada ao Portal do Lobão, a equipe jurídica que atua no caso da jovem Viviane Costa esclarece que, na última quarta-feira, 22 de maio de 2025, foi iniciado o julgamento dos réus Francisco Almeida e Alesson Mota, este último ex-companheiro da vítima, no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.
Na ocasião, a defesa de Francisco Almeida apresentou atestado médico comprovando diagnóstico positivo para Covid-19, com recomendação de afastamento por sete dias, e solicitou a redesignação da sessão. O pedido, no entanto, foi indeferido pelo juiz responsável, que fundamentou a decisão com base no artigo 457, §2º, do Código de Processo Penal, o qual permite a realização do julgamento sem a presença física do réu, desde que a defesa esteja regularmente constituída — como era o caso.
Visando garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório, o magistrado ainda autorizou a participação do réu Francisco por videoconferência, assegurando sua presença nos atos da sessão.
Contudo, durante os trabalhos, o advogado de Alesson Mota abandonou o plenário, alegando prejuízo à estratégia de defesa com a ausência presencial do co-réu. Diante da recusa do acusado em ser representado por defensor dativo ou pela Defensoria Pública, o juiz foi obrigado a adiar o julgamento para assegurar a regularidade do processo e evitar nulidades.
Uma nova data foi marcada para o dia 7 de julho de 2025.
A equipe jurídica lamenta profundamente o novo adiamento, que ocorreu justamente na data em que se completaram 12 anos de espera angustiante por justiça por parte dos familiares de Viviane Costa.
Reiteramos nosso compromisso com a verdade, com a memória de Viviane e com a incansável busca por justiça.
Sobre o caso
Viviane Costa de Castro, jovem de 28 anos foi brutalmente assassinada em 23 de maio de 2013, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), Viviane foi surpreendida por dois homens armados enquanto dirigia rumo ao trabalho. Um deles, segundo consta nos autos, teria agido a mando de seu ex-noivo, o próprio pai de uma das filhas da vítima, que na época do crime tinha apenas 2 anos de idade. Viviane ainda era mãe de outra adolescente, que tinha 15 anos na ocasião.
O crime foi cometido de forma premeditada. A denúncia aponta duas qualificadoras: motivo torpe, caracterizado pelo desprezo à vida humana, e recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendida enquanto dirigia, sem possibilidade de reação.
Viviane já foi vítima de uma tentativa de homicídio em 2012, também atribuída aos mesmos envolvidos. Menos de um ano antes de seu assassinato.
Foto: Divulgação
