Prefeitura de Manaus promove curso ‘Tuberculose: acolhimento na Atenção Primária’

O tratamento é oferecido de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dura no mínimo seis meses

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A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou na quinta-feira, 13/3, na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), bairro Adrianópolis (zona Sul), a primeira turma do curso “Tuberculose: Acolhimento na Atenção Primária”.

A atividade integra a Campanha de Mobilização e Luta contra a Tuberculose 2025, iniciada na última segunda-feira, 10/3, com o tema “Prevenir, Diagnosticar e Tratar: Rumo à Eliminação da Tuberculose em Manaus!”.

A chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, enfermeira Eunice Jácome, informa que o curso será desenvolvido em cinco turmas, com a primeira direcionada para profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) localizadas na zona Sul de Manaus, e as demais turmas para profissionais dos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Leste e Rural.

“O curso foi elaborado como mais uma estratégia da Semsa voltada para o fortalecimento da resposta da rede municipal de saúde ao controle da tuberculose, doença que já registrou 408 casos novos no ano de 2025”, explica Eunice Jácome.

Cada turma disponibiliza 60 vagas para profissionais que atuam como recepcionistas ou que fazem o acolhimento dos usuários na Unidade de Saúde. O conteúdo programático do curso aborda os temas: Conhecendo a tuberculose e a ILTB (Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis) – por que é importante falar sobre?; Acolhimento e classificação de risco na Atenção Primária à Saúde (APS); e A importância do acolhimento na adesão ao tratamento da tuberculose e identificação dos contatos.

Após a capacitação dos profissionais do Disa Sul, foram programadas as etapas dos cursos nos Disas Leste (19/03), Oeste (21/03), Norte (25/03) e Rural (27/03).

De acordo com Eunice Jácome, o curso é uma forma de potencializar as ações para garantir que se atinja as principais metas no controle da tuberculose em Manaus, o que significa reforçar a identificação de casos novos da tuberculose, a realização de exames em pessoas que têm contato próximo com pacientes com tuberculose ativa e a oferta do tratamento preventivo para a Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).

“Os profissionais que atuam na recepção das UBSs são o primeiro contato com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles escutam as demandas iniciais e podem orientar sobre o atendimento e os serviços oferecidos. Então, têm um papel essencial para orientar o paciente sobre como e onde acessar os serviços, além de poder identificar casos em que é necessário maior agilidade, como acontece com pessoas com sintomas de tuberculose”, aponta Eunice Jácome.

Em 2024, foram notificados 3.122 casos novos no município, alcançando, aproximadamente, uma taxa de incidência de 136 casos por 100 mil habitantes.

O município também registrou ano passado um índice de 61,3% de cura e 7,15% de óbitos. Os dados mostram ainda que 42,5% dos contatos identificados (pessoas com contato próximo e prolongado com pacientes com tuberculose) buscaram avaliação nas Unidades de Saúde, resultando em 2.259 tratamentos preventivos iniciados.

No ano passado, Manaus registrou um índice de abandono de tratamento de 23% entre os casos novos de tuberculose pulmonar confirmados laboratorialmente.

“O abandono do tratamento tem como consequência a continuidade da disseminação do bacilo causador da tuberculose, assim como do aumento do risco de desenvolvimento de formas resistentes aos medicamentos e a piora do quadro clínico dos pacientes, elevando as chances de complicações graves e óbitos”, destaca Eunice Jacome.

Tuberculose

Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose é causada da micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das Unidades de Saúde da rede municipal para a realização de exames.

A transmissão da doença ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.

O tratamento é oferecido de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dura no mínimo seis meses.

Foto – Divulgação / Semsa

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