Mais de 600 toneladas de alimentos da merenda escolar foram distribuídas para o primeiro mês do ano letivo nas escolas da rede pública estadual, cujas aulas começam nesta quarta-feira (07/02). A entrega da primeira remessa feita pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, por meio da Gerência de Alimentação Escolar (GAE) e Unidades Executoras (UEx) dos municípios do interior, contém proteínas, alimentos não perecíveis e hortifrutis, entre outros gêneros alimentícios, que chegarão a quase 400 mil alunos neste mês de fevereiro. 

Para cumprir o cronograma de entregas, a distribuição dos alimentos iniciou no dia 22 de janeiro, quando foram repassados às escolas da rede estadual os gêneros frios e secos. Nesta quarta-feira, encerram-se as entregas dos itens provenientes da agricultura familiar e que, por serem frescos, precisam ser logo consumidos. 

“Os frios, que são as proteínas, costumamos reabastecer quinzenalmente, junto dos não perecíveis, como feijão, macarrão, arroz, bolachas. Já os hortifrutis, alimentos frescos, estamos com eles toda semana nas escolas”, explicou uma das nutricionistas da GAE, Graciliana Oliveira.

Nas escolas do interior do estado, as compras dos itens alimentícios acontecem diretamente com produtores locais, e o fluxo de entregas é definido pelas Unidades Executoras (UEx) de cada município, a partir de repasses financeiros provenientes do Programa de Apoio à Gestão Escolar (Pague).

Expectativa

Há 20 anos atuando como merendeira da rede estadual de ensino, a nutricionista Ana Rita Silva contou sobre os preparativos finais antes de receber novamente os alunos da Escola Estadual (EE) Antogildo Pascoal Viana, localizada na zona norte de Manaus. De acordo com a profissional, o momento é de “matar as saudades”. 

“Nossa relação é de amizade. Tratamos com respeito, brincamos com eles. Eu procuro saber de cada um a realidade que passam. Eles compartilham com a gente”, destacou a merendeira.

Com tanto tempo de profissão, Ana Rita contou que acompanhou de perto as alterações do cardápio escolar nas unidades de ensino da rede estadual. Segundo ela, com a priorização de itens da agricultura familiar, o menu ficou mais saudável para os estudantes. 

“Hoje, a agricultura familiar domina. Muita fruta, muita verdura. O alimento vem fresco, chega mais rápido, é da região, valoriza a nossa alimentação, os nossos agricultores. Para mim, esse foi um avanço que notei com o tempo”, compartilhou Ana Rita.

Êxito no PNAE

A Secretaria de Educação, vem de um último ano de êxitos nas metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em 2023, foi ultrapassada a exigência do Governo Federal sobre o número mínimo estabelecido de aquisição de produtos da agricultura familiar em escolas da rede estadual, que é de 30%.

Outra meta alcançada pela Secretaria de Educação em relação a aquisição de itens da merenda escolar foi a porcentagem necessária exigida pelo PNAE. Em 2023, o programa aumentou a exigência de uso de  70% para 85%, dos recursos totais que repassa para os órgãos de educação em todo país. A Secretaria de Educação, entretanto, alcançou cerca de 90% dos valores totais disponibilizados para o último ano, avaliados em aproximadamente  R$67 milhões. 

A meta alcançada possibilita o repasse de mais verbas para a aquisição de alimentos, o que influencia economicamente na vida do produtor rural amazonense e na qualidade de alimentação das escolas da rede estadual. 

FOTO: Euzivaldo Queiroz/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

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