O argentino Luis Zubeldía será o novo técnico do São Paulo. Atual campeão da Copa Sul-Americana, ele terá vínculo com o clube até 2025. O anúncio ainda não foi feito oficialmente pelo clube, mas fontes confirmaram à CNN Brasil o acerto entre as partes nesta sexta-feira (19).
O treinador de 43 anos deve estrear contra o Barcelona, em Guayaquil, pela Copa Libertadores, no próximo dia 25. Zubeldía estava desempregado desde o começo do ano, quando pediu demissão da LDU. Na época, o São Paulo cogitou contratar o treinadorapós a saída de Dorival Junior para comandar a Seleção Brasileira.
Este será o primeiro clube brasileiro treinado pelo técnico, que também acumulou passagens por Racing, Lanús, Barcelona de Guayaquil, Cerro Porteño, Independiente de Medellín e Santos Laguna.
Campeão da Sul-Americana
O último trabalho de Zubeldía foi na LDU nas temporadas de 2022 e 2023. Ele, inclusive, foi campeão da Sul-Americana ao superar o Fortaleza na decisão do ano passado.
A campanha do argentino contou também com a eliminação do São Paulo, em agosto, diante de um MorumBIS lotado e com James Rodriguez perdendo pênalti. O argentino também conquistou o Campeonato Equatoriano em 2023.
Antes da contratação de Carpini, em janeiro, o Tricolor havia sondado o argentino para o cargo. O brasileiro não resistiu a uma sequência de maus resultados e foi demitido após a derrota para o Flamengo, por 2 a 1, no Maracanã, pelo Brasileirão.
Foto: Franklin Jacome/Agencia Press South/Getty Images
Em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram renda 14,4 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos. Essa diferença é a menor já registrada no Brasil. Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que os 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram, no ano passado, renda mensal média de R$ 7.580. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Ambos os valores são os maiores registrados para cada faixa de renda.
Em comparação mais extrema, o 1% da população com maior rendimento tinha renda mensal (R$ 20.664) que chegava a 39,2 vezes à dos 40% de menor renda. Em 2019, a diferença era de 48,9 vezes – a maior já registrada.
Redução da diferença
A diferença de 14,4 vezes entre os 10% das maiores faixas de renda e os 40% das menores é a mesma de 2022. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, a relação estava em 16,9 vezes. O ponto mais desigual – 17 vezes – foi atingido em 2021, auge da pandemia.
A série histórica do IBGE teve início em 2012, quando a relação era de 16,3 vezes. Desde então, os menores rendimentos cresceram em proporções superiores aos do topo da pirâmide. Por exemplo, os 5% menores rendimentos tiveram evolução de 46,5%, e os localizados entre 5% e 10% menores subiram 29,5%. Na outra ponta, a faixa dos 10% maiores cresceu 8,9%.
Em janela de tempo mais curta, também é possível encontrar um estreitamento da diferença. Em 2019, os 40% da população com menores rendas tiveram evolução nos rendimentos de 19,2%. Já os 10% com maiores rendimentos aumentaram registraram aumento de 1,51%.
Entre 2022 e 2023, enquanto o rendimento médio domiciliar por pessoa cresceu 11,5%, o segmento dos 5% mais pobres teve elevação de 38,5%.
Fatores
Para o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto, três fatores podem explicar o crescimento mais intenso da renda dos grupos mais pobres da população. Um deles está relacionado aos programas sociais, em especial o Bolsa Família, que chegou a R$ 600, com inclusão de R$ 150 por criança de até 6 anos e o adicional de R$ 50 por criança ou adolescente (de 7 a 18 anos) e por gestante.
Outra explicação é a expansão do mercado de trabalho, com a entrada de 4 milhões de pessoas no número de ocupados. “Pessoas que não recebiam o rendimento de trabalho passaram a receber”.
O pesquisador cita ainda o aumento do salário mínimo acima da inflação. “O que afeta não apenas o rendimento do trabalho, mas também o rendimento de aposentadorias e pensões e outros programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC – um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).
Em 2023 o salário mínimo teve dois reajustes e, em maio, passou a valer R$ 1.320.
A pesquisa do IBGE classifica como rendimento todo o dinheiro obtido por meio de trabalho (considerando pessoas com 14 anos ou mais de idade), aposentadoria, pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de quem não é morador do domicílio, e a categoria outros, que inclui rentabilidades de aplicações financeiras, bolsas de estudos e programas sociais do governo – como Bolsa Família/Auxílio Brasil, seguro-desemprego e BPC.
Massa de rendimento
Outra forma de observar a desigualdade no país é ao analisar a distribuição da massa de rendimentos a cada segmento da população. Em 2023, essa massa foi a maior já estimada para o país, alcançando R$ 398,3 bilhões, um crescimento de 12,2% a mais que o de 2022, quando foi de R$ 355 bilhões.
A parcela da população brasileira com os 10% dos menores rendimentos respondia por apenas 1,1% dessa massa. Ou seja, de cada R$ 100 de rendimento do país, R$ 1,1 era recebido por 10% da população com menor renda.
Já os 10% dos brasileiros no topo da pirâmide recebiam 41% da massa de rendimentos. Isto é, de cada R$ 100, R$ 41 foram recebidos pelos 10% de maior renda. Para se ter uma ideia do tamanho da concentração, os 80% dos brasileiros com menores renda detinham 43,3% da massa nacional.
Entre 2022 e 2023, a desigualdade entre topo e base da pirâmide piorou um pouco. A participação dos mais ricos passou de 40,7% para 41% da massa. Para os mais pobres houve acréscimo de 1 para 1,1%. Comparando antes e depois da pandemia, houve redução da desigualdade. A participação dos mais ricos caiu de 42,8% (recuo de 1,8 ponto percentual); e a dos mais pobres subiu de 0,8% (elevação de 0,3 ponto percentual).
Índice de Gini
A pesquisa do IBGE mostra o comportamento do Índice de Gini, uma ferramenta que mede a concentração de renda da população. O indicador varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.
O indicador de 2023 ficou em 0,518, o mesmo de 2022 e o menor já registrado pela série histórica iniciada em 2012. O ponto mais desigual foi em 2018, quando alcançou 0,545.
O analista Gustavo Geaquinto explica que se a análise fosse apenas com o rendimento proveniente do trabalho, haveria pequena variação positiva do Índice de Gini, ou seja, aumento da desigualdade. Mas o movimento foi compensado por efeitos de programas sociais.
“Esse efeito, sobretudo do Bolsa Família, contrabalançou isso, beneficiando principalmente os domicílios de menor renda, de forma a manter a estabilidade desse indicador”, diz.
Edição: Graça Adjuto Foto: Marcello Casal Jr Fonte: Agência Brasil
Aos 21 anos, a indígena Macuxi, Roberta de Lima, acredita que fez uma boa escolha quando ingressou no curso a distância de tecnologia em empreendedorismo. Ela conta que iniciou os estudos no meio da pandemia de covid-19, quando as universidades paralisaram suas atividades presenciais. Mas esse não foi o único motivo que impactou em sua escolha. Não há universidades nos arredores de sua comunidade, no interior de Roraima.
“Não tinha condições de vir para a capital”, explica ela, justificando sua decisão de se matricular na UniCesumar, instituição vinculada à mantenedora Vitru Educação. A situação mudou e hoje, se aproximando da conclusão do curso, ela vive em Boa Vista. Roberta conta que o ensino superior lhe abriu portas e atualmente faz estágio no polo de ensino a distância da própria UniCesumar, o que lhe garante renda.
O polo de ensino a distância nada mais é do que um centro de apoio, devidamente credenciado pelo Ministério da Educação (MEC), onde é oferecido suporte aos estudantes desse cursos. Ali podem ocorrer algumas aulas, ocorridas de forma pontual, e também atividades avaliativas, cuja aplicação presencial é obrigatória. Além disso, no polo, é realizado atendimento técnico e pedagógico. Segundo Roberta, o estágio é o primeiro passo e ela sonha com um emprego de carteira assinada. Futuramente quer abrir o próprio negócio.
“Antes de estudar, eu já tinha meu próprio negócio, que era o artesanato. Também trabalhava em agricultura. Pra mim, entrar no curso foi muito bom. Abriu a minha mente e também melhorou a questão financeira, consegui o estágio. O ensino a distância é um meio de levar mais conhecimento para a minha comunidade, para o meu povo. E para os outros povos também. Acho que falta mais infraestrutura para atender a comunidade. Mais computadores, mais livros e mais cursos, na verdade, porque muitos deles ainda não chegaram aqui”, cobra ela.
A demanda por mais cursos é atestada pelos números. De acordo com dados do Censo da Educação Superior 2022, divulgado no ano passado pelo MEC, o crescimento da modalidade a distância no Brasil é impressionante, o que vem garantindo também aumento do número de estudantes de graduação no país. Simultaneamente, essa expansão tem gerado preocupações acerca da qualidade do ensino. Em uma década, o número de cursos saltou mais de 700% chegando a 9.186. O total de estudantes ingressantes por ano saiu de 1.113.850 em 2012 para 4.330.934 em 2022. É um salto de 288%. Considerando os dados de 2022, 95,7% das novas matrículas ocorreram em cursos ministrados por instituições privadas.
A quantidade de matrículas no ensino superior realizada por alunos autodeclarados indígenas também disparou ao longo da última década. Um levantamento do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Brasil (Semesp), realizado esmiuçando os microdados do Censo da Educação Superior 2021, indicou que houve uma evolução de 374% ao longo de uma década, entre 2011 e 2021. O avanço, no entanto, foi impulsionado sobretudo pelas matrículas em cursos presenciais. Ainda assim, nesse período, entre o contingente dos indígenas que concluíram o curso e pegaram o diploma, 19,8% foram na modalidade a distância.
É possível que esse percentual ainda cresça bastante nos próximos anos com as novas possibilidades da tecnologia moderna. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o uso da internet no Brasil alcançou em 2022 com recorde de 87,2% das pessoas com 10 anos ou mais. A ampliação do acesso ao mundo online é pré-requisito para a expansão dos cursos da modalidade a distância, que vem registrando seu crescimento mais robusto justamente nos últimos anos.
Em 2018, uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), entidade que representa grande parte do ensino superior particular do país, mostrava que o número de novas matrículas em cursos ministrados na modalidade a distância crescia em uma velocidade mais acelerada do que nos cursos presenciais. Em 2022, os dados do MEC mostram que houve 3,1 milhões de alunos ingressantes na graduação a distancia, quase o dobro dos 1,6 milhão que deram entrada na modalidade presencial.
Mas embora o acesso ao ambiente online venha sendo possível a partir de lugares cada vez mais remotos, ainda há significativas assimetrias regionais. Na região Norte, por exemplo, apenas 58,6% dos domicílios na área rural fazia utilização de internet. É nessa região que se concentram 44,48% da população indígena do país segundo o Censo Demográfico 2022.
Ensino a distância nas comunidades – Marcelo Camargo/Agência Brasil
“O ensino a distância tem a capacidade de chegar mais nas comunidades, mas tem que ter uma infraestrutura mínima local que muitas aldeias não têm. Mesmo no estado de São Paulo, que tem mais recursos, às vezes elas não têm computadores e acesso à internet. O ensino a distância é uma democratização importante. Mas há desafios não apenas relacionados à qualidade do ensino. A metodologia é uma questão: é bastante desafiador realizar um acompanhamento mais próximo do aluno. Tem a questão de como esses estudantes podem se apropriar da tecnologia e do material didático. Isso é bem importante para povos que falam outras línguas”, diz Talita Lazarin, pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios da Universidade de São Paulo (CEstA-USP).
Embora a Constituição de 1988 tenha fixado a educação como um direito de todos e um dever do Estado, foram as ações afirmativas das últimas duas décadas que viabilizaram um maior acesso dos indígenas à educação superior. Isso inclui, por exemplo, as cotas, as políticas de assistência estudantil e a criação de licenciaturas específicas para a educação indígena. Elas ajudaram a driblar barreiras sociais e culturais que dificultavam o acesso às instituições tradicionais de ensino.
Nos últimos anos, o ensino a distância passou a ser um nova ferramenta de aceleração dessa inclusão. De acordo com Talita Lazarin, ela vem se mostrando eficaz não apenas para contornar barreiras sociais e culturais, mas também geográficas. Nestes cursos, os estudantes não precisam deixar suas comunidades, que muitas vezes se localizam em áreas de difícil acesso, e ainda podem conciliar os estudos com suas atividades comunitárias.
Em 2021, o levantamento do Semesp mostrava que 0,5% do total de alunos do ensino superior haviam se autodeclarado indígenas. Considerando os dados demográficos, esse percentual se torna significativo. Conforme o Censo 2022, cujos resultados foram divulgados pelo IBGE no ano passado, os indígenas residentes no Brasil representam 0,83% da população total do país. De toda forma, a diferença desses percentuais mostra que há espaço para o crescimento no número de matrículas.
Qualidade
Desde o ano passado, o MEC tem informado que estuda reavaliar o marco regulatório do ensino a distância no Brasil. A decisão foi anunciada após os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, que é aplicado em diferentes países sob a coordenação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os resultados do Brasil indicaram um alto percentual de alunos sem conhecimentos básicos em matemática e ciências.
A maior atenção se voltou para os cursos de licenciatura, nos quais os universitários se formam para atuar como professor no Ensino Fundamental ou Ensino Médio. O desempenho no Pisa gerou preocupação porque uma boa formação destes futuros professores é considerada essencial para melhorar a qualidade da aprendizagem das crianças e jovens da educação básica.
Um dado do Censo da Educação Superior 2022, divulgado no ano passado pelo MEC, também é apontado como justificativa para uma maior atenção ao assunto. A modalidade de ensino a distância absorveu 81% de todos os alunos ingressantes em cursos de licenciatura em 2022. Nas instituições privadas, esse percentual chega a 93,7%.
Diante do cenário, o MEC sinaliza que irá proibir a oferta de licenciatura 100% a distância e deve estabelecer um mínimo obrigatório de atividades presenciais. A expectativa é que ocorra assim uma melhora na qualidade dos cursos. A medida parece estar alinhada o que se observa em resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), por meio do qual uma prova escrita é aplicada aos alunos para avaliação dos cursos de ensino superior brasileiros. Os dados costumam indicar um desempenho melhor dos estudantes de cursos presenciais e de semipresenciais em comparação com os de cursos 100% a distância.
Celly Saba, professora e coordenadora do curso de Ciências Biológicas a distância oferecido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), acredita que as universidades públicas não devem sofrer com as mudanças. Ela dá o exemplo do Rio de Janeiro. No estado, as diferentes universidades públicas – como a Uerj, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), entre outras – se uniram para desenvolver uma plataforma de ensino a distância. Foi assim criado o Centro de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro (Cederj), por meio do qual os cursos são administrados.
“Nossas licenciaturas já possuem atividades práticas obrigatórias que o aluno tem que fazer na escola. A gente cumpre a legislação que exige um estágio supervisionado na escola. Sabemos que algumas universidade não cumprem, mas não é o nosso caso”, afirma. Ainda assim, ela faz ponderações.”No geral, estou vendo a postura do MEC com bons olhos. É preciso fixar regras porque quando a gente fala de licenciatura, estamos falando de formação de educadores. Mas eu entendo que de uma maneira geral para o Brasil, algumas regras podem ser puxadas. Principalmente se a gente entende que tem aluno que é trabalhador e que mora longe da região metropolitana, o que gera dificuldade maior de acesso. Talvez fosse o caso de pegar um pouquinho mais leve na questão da carga horária presencial”, avalia.
Celly destaca que o fato de ser ministrado a distância não pode significar que haverá menor exigência. “Nós observamos um fenômeno muito parecido com o que ocorre nos nossos cursos presenciais. A evasão geralmente acontece logo no início do curso, até o segundo período. Porque há um mito de que ensino à distância é fácil. E não é bem assim. Quando eles percebem que não vão conseguir se adaptar, eles desistem. Porque tem que estudar, tem que ter toda uma disciplina, cumprir um cronograma”.
Ela também levanta dados que desafiam a ideia de que o mercado de trabalho menospreza esses cursos e não valoriza os concluintes. “O que a gente observa é que os alunos da educação a distancia levam um pouquinho mais de tempo para concluir. Mas posso dizer que 90% dos concluintes na Uerj vão para o mercado de trabalho rapidamente e a maioria deles vai para aquela área do curso que ele fez. É uma grande satisfação que a gente”, diz ela.
Mantenedora da UniCesumar e da Uniasselvi, a Vitru Educação encomendou à consultoria Nomads um estudo sobre a inserção no mercado de trabalho de seus alunos e ex-alunos da modalidade de ensino a distância. Os resultados indicam que 15,5% obtiveram seu primeiro emprego na área em que estavam cursando e outros 16% relataram que os estudos lhe proporcionaram uma promoção ou um mudança no cargo que possuíam antes. Houve ainda outros 17,5% que afirmaram ter obtido aumento salarial.
A discussão mobiliza diversos pesquisadores. Mas apesar das preocupações com a qualidade, há geralmente um reconhecimento de que a modalidade a distância será fundamental para ajudar o país a alcançar metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Uma delas estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam na educação superior. No último balanço divulgado, de 2022, esse percentual era de 25,3%.
Perfil
O levantamento da Abmes realizado em 2018 agregou dados que indicam diferenças no perfil dos estudantes de graduação conforme a modalidade de ensino. Os jovens respondiam majoritariamente pelas matrículas de educação presencial: 53% tinham até 30 anos. Já no ensino a distância, 67% tinham mais de 30 anos. Além disso, nessa modalidade, havia um maior percentual de alunos que trabalhavam, que estudaram em escolas públicas e que situavam-se nas classes C e D.
Na época em que esses dados foram divulgados, o então vice-presidente da ABMES, Celso Niskier, avaliou que a expansão do ensino a distância promovia uma inclusão educacional de pessoas mais velhas que já estavam no mercado de trabalho. “Esse público precisa da flexibilidade da educação a distância para completar o curso superior”, disse Niskier, que hoje preside a ABMES.
No caso específico dos indígenas, faltam estudos mais detalhados. Não há pesquisas que se dedicaram a traçar um perfil desses ingressantes em cursos de ensino a distância. Celly Saba revela uma dificuldade na Uerj. “O que acontece é que nós não temos esses alunos identificados. Se entraram pela reserva de vagas, consta que é cotista. E a cota é para negros, oriundos de escolas públicas, povos indígenas e quilombolas. Então os indígenas ficam nesse meio”, diz.
De acordo com Talita Lazarin, há elementos na cultura indígena que também podem explicar a boa aceitação do ensino a distância por parte deste público. “Ele permite que as pessoas continuem vivendo nas suas comunidades enquanto estão estudando. Porque umas das grandes questões para estudantes indígenas é ter que morar fora. Para vários povos, é muito difícil passar muito tempo longe da família e da comunidade. Por outro lado, irá demandar dele uma maior independência. O ensino a distância exige que a pessoa faça um planejamento de estudo, tenha uma disciplina”, diz a pesquisadora do CEstA-USP.
Lazarin também observa que, mesmo após formados, eles geralmente querem seguir vivendo na aldeia, como profissionais atuando, por exemplo, na escola ou no posto de saúde comunitário. Nos polos de Feijó e Tarauacá, no Acre, as universidades vinculadas à Vitru Educação atendem cerca de 200 estudantes indígenas oriundos de sete aldeias. O gestor acadêmico Geisson de Souza, que atua no suporte a esses alunos, faz constatação similar.
“Eles não querem se transformar em pessoas brancas. Eles querem assimilar a nossa cultura, assim como nós queremos aprender a deles, sem deixar de ter a própria essência. A procura maior é por Pedagogia, Gestão Pública, Enfermagem e Biomedicina. O que a gente observa é que 99% dos nossos alunos indígenas não querem fazer uma graduação para passar em um concurso e vir para a cidade, porque tem mais oportunidade. Eles querem absorver o conhecimento, se tornar um profissional de excelência e voltar para aplicar esse conhecimento com o intuito de melhorar a vida das pessoas que cresceram com eles”, explicou.
A experiência nas universidades vinculadas à Vitru Educação refletem os dados do levantamento do Semesp realizado em 2021. Eles indicam que os cursos a distância com mais estudantes indígenas eram pedagogia (21,3%) e administração (7,0%). “A evasão do aluno indígena é pelo menos 50% menor do que dos demais alunos. Assiduidade e pagamento também. É quase 90% a adimplência deles, o que indica que estão levando o curso a sério, estão realmente interessados”, acrescenta Geisson. Segundo ele, esses estudantes afirmam que concluir o ensino superior e compartilhar seus conhecimentos é uma forma de mostrar o compromisso com sua comunidade.
Essa é a expectativa da indígena macuxi Consolata Gregorio, de Normandia (RR). “Sou falante da língua maimu, e escolhi o curso Pedagogia porque sou professora, trabalho com crianças da educação infantil e fundamental ensinando a elas a língua materna Macuxi. Quero aprofundar mais o que eu já tenho de conhecimento”, explica.
O prefeito de Manaus, David Almeida, fez o lançamento oficial da 66ª edição do Festival Folclórico do Amazonas, para as categorias prata e bronze. O evento, que reuniu representantes das agremiações, foi realizado no início da noite desta quinta-feira, 18/4, no estacionamento do mirante Lúcia Almeida, no Centro Histórico da cidade.
O Festival Folclórico do Amazonas, que acontece anualmente no Centro Cultural Povos da Amazônia, rebe apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Este ano, as apresentações acontecerão no período de 8 a 23/6.
Segundo o chefe do Executivo municipal, o apoio financeiro e logístico direcionado a esses grupos, das categorias bronze e prata, foi realizado por meio de diálogo com seus representantes, com a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e com a Câmara Municipal de Manaus (CMM), sendo essencial para fortalecer a diversidade cultural e garantir uma representação abrangente das tradições folclóricas da região.
“Nós aumentamos o número de danças de 70 para 101 e antecipamos o fomento para melhor preparar os grupos. Investiremos cerca de dois milhões de reais nessas agremiações para garantir um ótimo festival. Além disso, a prefeitura está investindo em infraestrutura para as apresentações. O diálogo com a população e o apoio da Aleam e CMM nos permitiram aumentar o fomento, atendendo às necessidades das agremiações”, informou o prefeito David Almeida.
Reajuste
Na edição deste ano, os grupos folclóricos contarão com um reajuste nos valores do fomento recebidos por categoria do festival. Somente para as categorias prata e bronze o valor gira em torno de R$ 1,2 milhão. A categoria prata é composta por 49 grupos, cada um recebendo R$ 18 mil, enquanto a categoria bronze, contará com 59 grupos, cada um recebendo R$ 7,5 mil.
Na avaliação do diretor-presidente da Manauscult, Reginei Rodrigues, a atual gestão prioriza esse incentivo e reafirma seu compromisso com a preservação e promoção do patrimônio cultural do Amazonas.
“Este festival não apenas celebra nossas ricas tradições culturais, mas também representa um compromisso renovado com a preservação e promoção do folclore amazônico. Nossa equipe está empenhada em garantir que este seja um festival memorável, repleto de energia, criatividade e respeito pela diversidade cultural”, explicou Reginei.
Em comparação aos anos anteriores, no ano de 2022, na categoria prata, 49 danças se apresentaram, cada uma recebendo R$ 12 mil; na categoria bronze, 20 danças participantes receberam R$ 3 mil cada.
Na edição de 2023, o repasse foi de um pouco mais de R$ 1,1 milhão, contemplando as categorias prata, bronze e os bumbás, que compõem a categoria ouro do festival. Quarenta e dois grupos folclóricos se apresentaram na categoria prata, onde cada uma recebeu R$ 15 mil, enquanto na categoria bronze, o fomento para cada uma das 31 danças participantes foi de R$ 5 mil.
Brincante desde criança no “Caipiras na Roça da Betânia”, a analista de sistemas, Bianca Silveira, é dançarina do grupo nas horas vagas. Ela e ressaltou ser um privilégio poder contar com o apoio da prefeitura, que valoriza e incentiva a cultura local.
“O apoio financeiro da Prefeitura de Manaus é vital para o grupo, ajudando a cobrir despesas como costureiras e cenografia. Este investimento não só apoia a cultura local, mas também reconhece e fortalece as tradições dos bairros, enriquecendo o folclore da região. Estamos gratos por essa contribuição, que nos permite continuar celebrando nossa herança cultural. Em nome de todos os dançarinos e brincantes do nosso grupo, muito obrigada por possibilitar a realização deste festival tão significativo para o nosso bairro da Betânia”, agradeceu a dançarina do grupo.
O apoio dado pela prefeitura aos grupos folclóricos, para a realização do festival movimenta, de forma direta e indireta, uma grande cadeia produtiva, gerando emprego e renda.
Ação integrada
O evento também é uma parceria com o governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sec), além de quase 20 serviços públicos que compõem a matriz de responsabilidade dos grandes eventos na cidade de Manaus, coordenada pelo Centro de Cooperação da Cidade de Manaus (CCC) e Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Ter em mãos a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) é um direito de todo cidadão. Para isso, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Instituto de Identificação Aderson Conceição de Mello (IIACM), disponibiliza a quem já solicitou o documento um canal, onde o solicitante pode acompanhar todo o processo de emissão do documento.
Após a solicitação do documento no Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), o solicitante deverá acessar o site www.ssp.am.gov.br/ e em seguida, na aba do agendamento da CIN, clicar no link “Acompanhar Atendimento”. Para realizar a consulta, a pessoa pode inserir o número do protocolo de atendimento ou apenas do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
De acordo com o diretor do IIACM, Mahatma Porto, o procedimento é mais uma ferramenta que a SSP-AM disponibiliza para facilitar o acompanhamento do processo de emissão. “Por meio da plataforma, o cidadão poderá obter informações oficiais sobre o andamento da emissão da sua Carteira de Identidade com mais facilidade e o que é melhor, sem sair de casa”, explicou Porto.
Mahatma orienta, ainda, que caso o cidadão tenha dúvidas sobre a expedição do documento, ele pode solicitar outras informações por meio do número de WhatsApp (92) 99186-4344. O canal foi disponibilizado pela SSP-AM e é coordenado pela Ouvidoria Geral do Sistema de Segurança Pública.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), participa, a partir desta sexta-feira, 19/4, da 2ª edição da Feira Folclórica de Manaus, que acontece das 19h até 0h, na arena do Centro Cultural Povos da Amazônia, na rotatória da Suframa, na avenida Silves, nº 2.222, bairro Crespo, zona Sul da cidade.
Promovida pelo Instituto de Inovação Desportiva e Cultural da Amazônia (Idama), a feira tem o objetivo de fortalecer o empreendedorismo, gerar renda e consolidar o artesanato como cultura e economia, além de iniciar os festejos juninos em Manaus.
“Nossa participação na feira folclórica vai contribuir para que nossos artesãos possam melhorar sua renda e divulgar seu trabalho. A parceria com o Idama abriu portas para que, mais uma vez, estejamos em locais estratégicos e possamos fornecer um espaço gratuito aos empreendedores cadastrados na Semtepi”, afirmou o diretor de Economia Solidária e Criativa (Desc), Arllen Oliveira.
A feira de artesanato da Semtepi é totalmente gratuita e vai funcionar toda sexta, sábado e domingo, até 5 de maio, levando 15 artesãos para expor seus produtos, como artigos confeccionados à mão, biojoias, laços, pantufas, produtos feitos com resina, massa de biscuit, biscoitos, bonecas, acessórios de cozinha, entre outros.
Fundadora do R.A Artesanatos & Variedades, a empreendedora Raimara Pinheiro, que trabalha há dois anos com artesanatos de miçangas confeccionados à mão, declarou que a participação na feira aumentou seus rendimentos financeiros. A artesã também afirmou que o empreendimento é sua única fonte de renda.
“A feira da Semtepi sempre me proporciona oportunidade de crescimento e renda. Se hoje eu estou aqui, é porque a secretaria sempre esteve comigo. Tivemos ótimas experiências em todas as feiras que participamos. Obtive muito crescimento no meu empreendimento a partir de vários eventos, novos clientes e também com os cursos e as palestras”, destacou Raimara.
A pré-candidata à Prefeitura de Manaus pelo partido Novo, Maria do Carmo Seffair, se pronunciou em suas redes sociais nesta quinta-feira, 18/4, sobre a nota do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente da Aparecida, reforçando seu compromisso com a cultura e a economia criativa do município.
“Lamentavelmente, deturparam uma fala minha em que me perguntaram sobre minhas preferências pessoais… tipo pacu ou jaraqui? Açaí ou buriti? Festa junina ou carnaval? Me desculpem, mas eu simplesmente não sei sambar, não consigo. Inaceitável é dizer que com isso eu não reconheço a importância das escolas de samba da nossa cidade, todo o trabalho que elas fazem nas suas comunidades, e a importância da festa não só para nossa cultura, mas também para nossa economia”, esclareceu Maria do Carmo.
Ainda segundo a professora e empresária, o mais importante é fazer frente ao descaso com que o Carnaval de Manaus tem sido tratado nos últimos anos.
“Essa festa [o Carnaval] aqui em Manaus praticamente desapareceu, por falta de apoio, compromisso e responsabilidade, apesar de já ter sido a segunda maior do país nas décadas de 80 e 90. O que eu vou fazer é dar apoio a todas as escolas de samba e resgatar o brilho e o glamour dessa festa. O resto é intriga da oposição”, finalizou.
Desde a publicação da música nos canais oficiais do youtube do Boi-Bumbá Garantido, a faixa ‘Parintina Rainha’, publicada primeiro no dia 15/04 no canal TV GARANTIDO e no dia seguinte, 16/4, postada no canal oficial do Garantido, está sendo alvo de diversas criticas dos internautas.
A música tem composição assinada por Mario Paulain, que é escritor, poeta, compositor e foi prefeito por três mandatos no município de Nhamundá, no interior do Amazonas. A composição conta com assinatura de Chico da Silva, responsável pela melodia da canção. Chico da Silva é sambista, cantor e compositor de diversas toadas presentes na história do Festival de Parintins.
A toada ‘Parintina Rainha’ está presente no albúm do tema deste ano ‘Segredos do Coração’, onde as faixas vão fazer parte, segundo o próprio Garantido, da temporada bovina deste ano.
A música já havia sido apresentada ao publico em 2022 pelo próprio compositor no facebook, mas foi apenas nessa semana, com o lançamento oficial nas plataformas digitais, ela recebeu diversas opiniões negativas dos internautas que acompanham o Garantido:
A música ‘Parintina Rainha’ está disponível, junto com o disco do tema deste ano, até o momento nos canais oficiais do Garantido. Ela ainda não está disponível nas plataformas de streaming musical.
Na noite de quarta-feira (17/04), a Ciclopatrulha da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), em momento de lazer e interação, realizou o 9° Passeio Ciclístico Tiradentes. O evento reuniu mais de 300 ciclistas em um passeio saindo do anfiteatro da Ponta Negra, zona oeste da capital, e integra o cronograma de atividades em comemoração aos 187 anos da PMAM.
A concentração começou às 18h30, e o passeio ciclístico iniciou às 20h em um percurso de 5 km, saindo do anfiteatro da Ponta Negra, e seguindo pela avenida Coronel Teixeira, retornando ao ponto inicial. Durante o percurso, as equipes do Batalhão Policiamento de Trânsito (BPTran) e os policiais militares do ciclopatrulhamento estiveram à frente para orientar e dar segurança aos participantes.
O evento contou com a participação de ciclistas inscritos previamente, além daqueles que se juntaram na hora, contribuindo com um quilo de alimento não perecível e recebendo uma camiseta como brinde. A iniciativa visou, não apenas promover a prática esportiva, mas também arrecadar alimentos para ajudar comunidades carentes da região.
O subcomandante-geral da PMAM, coronel PM Thiago Balbi, enfatizou que o 9º Passeio Ciclístico Tiradentes é parte integrante das celebrações do aniversário da corporação. “Ainda teremos outros eventos com a participação da comunidade como a Corrida Tirantes, a Exposição da Polícia Militar e o Passeio Motociclístico”, revelou.
O subcomandante da Ciclopatrulha da PMAM, Capitão PM Guto, expressou grande satisfação com a participação dos ciclistas. “Estamos em um mês de celebração pela criação da Polícia Militar e a comunidade é a convidada especial. Eventos como este levam à população a conhecer mais do universo policial”, conta.
Tocata da Banda da PMAM
Após o percurso, foi realizada uma festa musical protagonizada pela Banda da PMAM. Enquanto os ciclistas retornavam ao ponto de partida na Ponta Negra, a banda recebia o público com uma seleção diversificada de músicas, desde pagode até toadas do boi-bumbá e sertanejo.
A atuação da Banda da Polícia Militar não apenas complementou o clima festivo do passeio ciclístico, mas também ressaltou o compromisso da instituição em promover a integração com a comunidade de forma alegre e acolhedora.
39ª EXPO PMAM
Nos dias 19, 20 e 21 de abril, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) realiza a 39ª EXPO PMAM, no Shopping Grande Circular, zona leste de Manaus. Durante a exposição serão apresentados à população os equipamentos e tecnologias utilizados pela Polícia Militar em suas ações, proporcionando uma experiência educativa e interativa para os visitantes.
A exposição inicia às 10h e termina às 22h, na sexta-feira e no sábado. No domingo, acontece de 12h às 21h. O evento contará ainda com a apresentação dos cães policiais da CIPCães, passeio nos cavalos para crianças, apresentação do robô do Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte), capoeira, jiu-jítsu, além de apresentações musicais.
Entrega de kits da Corrida Tiradentes na EXPO PMAM
Durante o evento da EXPO PMAM, nos dias 19 a 21, serão entregues os kits para os inscritos da 38ª Corrida Tiradentes, que acontece no dia 21. A entrega será feita no piso L2, próximo a loja Americanas e a Toya.
Passeio Motociclístico
A programação de aniversário da PMAM encerrará com o Passeio Motociclístico, no dia 28 de abril. A saída será às 15h, da Ponta Negra até o quilômetro 50 da AM-070, que liga Manaus a Iranduba.
Os participantes podem adquirir a camisa com o tema do passeio no valor de R$80. A entrega será feita na sede do Batalhão de Trânsito da PMAM, localizado na rua Acopiara, conjunto Hileia, zona centro-oeste de Manaus, a partir do dia 22 de abril. O valor arrecadado das vendas será destinado ao instituto Cândido Mariano.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), realiza, neste sábado, 20/4, a partir das 8h30, a 5ª edição do mutirão de serviços ’’Manaus Mais Cidadã’’. Desta vez, os mais de 30 parceiros da iniciativa se reunirão na escola municipal Santa Rosa ll, na comunidade Parque das Tribos, bairro Tarumã-Açu, na zona Oeste da cidade.
Em um único espaço, secretarias municipais, estaduais, Organizações de Sociedade Civil (OSC) e outras entidades do poder público oferecerão à população mais de cem serviços públicos totalmente gratuitos. A ação visa ainda celebrar o Dia dos Povos Indígenas, comemorado no dia 19 de abril, garantindo o acesso a direitos básicos à maior comunidade indígena da capital.
De acordo com a subsecretária de Políticas Afirmativas para Mulheres e Direitos Humanos da Semasc e atual coordenadora do programa “Manaus Mais Cidadã”, Graça Prola, a iniciativa, além de aproximar os diversos serviços da população que necessita, reforça a importância da presença do poder público nas áreas onde existem os vazios de unidades públicas.
“Para nós, é muito importante realizar essa ação no Parque das Tribos, pois, além de celebrar o Dia dos Povos Indígenas, buscamos assegurar o acesso a serviços essenciais aos comunitários. É uma maneira de ressaltar que a gestão municipal está presente em favor das garantias da população em situação de vulnerabilidade social”, afirmou.
Entre os serviços oferecidos destacam-se os relacionados ao Cadastro Único, seja na atualização ou inserção, serviços de saúde (dentista, oftalmologista, ginecologista, vacinação, pediatra, entre outros), emissão de documentações básicas, como 2ª via de Certidão de Nascimento e CPF, além de inscrição para programas sociais do governo federal, entre outros.
Parceiros
Coordenado pela Semasc, o programa “Manaus Mais Cidadã” conta com o apoio das secretarias municipais de Saúde (Semsa), do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (Semmasclima), de Limpeza Urbana (Semulsp), de Infraestrutura (Seminf), de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), de Administração e Planejamento (Semad), de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf), de Relações Institucionais e Promoção de Igualdade Racial (Semuripir) e de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), da Fundação Manaus Esporte (FME), da Fundação Municipal de Cultura, Eventos e Turismo (Manauscult), do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), da Fundação Dr. Thomas (FDT), da Casa Militar, da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman), da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), da Amazonas Energia, do Departamento de Trânsito do Estado do Amazonas (Detran-AM), da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Amazonas (Arpen-AM), das agências da Organização das Nações Unidas (ONU) com escritórios em Manaus e Organizações da Sociedade Civil (OSC).