Ao inaugurar a primeira unidade do projeto Escola da Floresta, na terça-feira (16/07), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, o governador Wilson Lima enfatizou a importância do incentivo ao polo moveleiro com o Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar (Promove) das Escolas Estaduais da Floresta. Por meio do edital de credenciamento, lançado no primeiro semestre de 2024, um total de 35 empresas moveleiras de nove municípios foram credenciadas para confeccionar e fornecer móveis para o projeto, que integra o Programa Educa+ Amazonas.
Para a unidade do município de São Sebastião do Uatumã (a 247 quilômetros de Manaus), um total de 234 móveis foram confeccionados por empresas moveleiras credenciadas no Promove Escolas da Floresta, beneficiando 75 famílias, direta e indiretamente, totalizando cerca de R$ 150 mil em investimentos.
“Desde o início do governo que estamos dando preferência a lançar os editais e comprar o mobiliário escolar dessas pequenas movelarias. Então, mais uma vez, para a construção da Escola da Floresta e para a aquisição do mobiliário, nós também lançamos um edital para essas movelarias aqui da região que forneceram todo o material”, comentou o governador.
O Promove Escola da Floresta é coordenado pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS). Para a unidade em São Sebastião do Uatumã, foram entregues quatro mesas redondas, 37 cadeiras de madeira, três bancos compridos, 120 carteiras escolares de madeira, 66 beliches de madeira e quatro estantes duplas.
“Esse projeto da Escola na Floresta trouxe esse benefício para esses moveleiros. Foi um novo edital que abrimos este ano, em que 35 movelarias foram credenciadas. E para esta primeira escola foram feitos móveis de madeira de lei”, explicou a diretora-presidente da ADS, Michelle Bessa.
Oportunidade
O Promove Escolas da Floresta oferece oportunidades para microempresas (MEI) pequenas empresas, associações e cooperativas de moveleiros do Amazonas. Por meio do edital de credenciamento lançado no primeiro semestre de 2024, um total de 35 empresas moveleiras de nove municípios foram credenciadas para confeccionar e fornecer móveis para o projeto Escola da Floresta.
As empresas fazem parte dos municípios de Boa Vista do Ramos, Coari, Careiro Castanho, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Parintins e tabatinga. Aproximadamente 520 pessoas serão beneficiadas de forma direta e indireta, até dezembro deste ano, por meio do edital.
A iniciativa também vai beneficiar as Escolas das Florestas dos municípios de Presidente Figueiredo, Beruri, Canutama, Tapauá, Borba, Novo Aripuanã e Manicoré, que estão previstas no plano de ampliação do projeto. Os móveis são confeccionados com madeira de manejo florestal sustentável, com baixo impacto ambiental.
Investimento
Ao todo, ainda serão adquiridos por meio do programa, aproximadamente 2.574 mobiliários escolares, o investimento é da ordem de R$ 1.321.290 milhão, em recursos para aquisição dos móveis. Os móveis que deverão ser fornecidos são: cadeira de madeira para escritório, carteira escolar com prancheta, banco comprido em madeira, estante dupla face, beliche de madeira e mesa redonda para reunião.
Escola da Floresta
A primeira unidade da Escola da Floresta está localizada na comunidade Bom Jesus do Angelim, na RDS do Uatumã, onde moram famílias que vivem da agricultura sustentável. O modelo foi projetado para ter baixo impacto ambiental, contando com Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), painéis de captação de energia solar, sistema de captação e águas pluviais, uso de madeira de manejo florestal sustentável, sistema de ventilação natural, ampla acessibilidade, estilo modular e de fácil manutenção.
O objetivo é transformar unidades de ensino em espaços de gestão democrática, de respeito à diversidade sociocultural e aos direitos humanos. Além de oferecer matriz curricular e pedagógica de tempo integral específica, atendendo especificidades da Educação Escolar do Campo e a transversalidade da Educação Ambiental, a unidade também oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA).
FOTO: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom