Um vídeo divulgado hoje (26), por Atos Cardoso, advogado da família de Luiz, mostra que uma amiga dele chegou a alertá-lo sobre a tempestade ao saber que o salto aconteceria mesmo com o céu completamente fechado.
Na conversa em um aplicativo, Luiz envia uma foto para amiga onde já aparece equipado e pronto para embarcar. Minutos depois, a mulher percebe o céu escuro e faz um vídeo que é enviado para o paraquedista.
Enquanto registra as imagens, a amiga questiona: “Você vai saltar com essa chuva? Olha aí, vai já cair uma chuva, chega está escuro. Meu Deus! Vai ser a chuva”.
A mensagem foi enviada, mas nunca recebeu resposta. Mais tarde, com a falta de notícias, a mulher tenta contato novamente com Luiz, mas o conteúdo enviado não é mais recebido, Luiz já tinha sumido nas águas do Rio Negro.
Para Atos, o voo não deveria ter sido autorizado diante das condições climáticas que se apresentavam naquele dia. O advogado disse que o vídeo será anexado ao processo
“Afirmar que o paraquedista deve ser responsável, tudo bem que ali ele possa olhar e dizer: Eu não vou saltar. Amarrado ele não vai, agora, é ele que deve fazer esse tipo de previsão de chuva, de vento? Isso me gera dúvidas e essas dúvidas certamente serão sanadas pelos órgãos competentes”, finalizou.
As buscas pelo advogado Luis Henrique Pradelli chegam ao 12º dia nesta terça-feira (26/04). Ele desapareceu após um salto de paraquedas no último dia 15 de abril, em Manaus. As forças de segurança continuam com o Gabinete de Crise ativado todos os dias, a partir das 6h, na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Contando com uma força integrada de segurança, as equipes de buscas seguem atuando na área onde o paraquedista teria caído, próximo à ponte Phellipe Daou. As equipes também se dirigem até a comunidade Caizonia, situada às margens do rio Amazonas, a 110 quilômetros de Manaus, seguindo estudos sobre o fluxo das águas.
As buscas também seguem em áreas de mata com a utilização de aeronaves do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) e do Batalhão de Policiamento Florestal e Meio Ambiente (BFMA), equipe especializada do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), que seguem empenhados nos trabalhos de busca.
Segundo o coronel BM Sulemar Barroso, os trabalhos vão continuar. “Continuamos empenhados por determinação do comandante-geral (do CBMAM), seguindo os estudos sobre o nível de correnteza. Estamos iniciando as buscas no perímetro da comunidade Caizonia, na calha do rio Amazonas, a pouco mais de 100 quilômetros da área onde supostamente ele teria caído”, disse.
Integração – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) conta com o apoio do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira (FAB) e Aeroclube de Manaus.