Há 18 anos o Instituto de Inclusão Social e Cidadania busca restituir cidadania, com recursos próprios e doações, aos moradores da comunidade Nossa Senhora de Fátima, Novo Aleixo, zona Norte. Durante quase duas décadas, as dificuldades foram muitas, porém o acesso ao fomento disponibilizado pela Prefeitura de Manaus, por meio do Fundo Manaus Solidária, no valor de R$ 180 mil, tem permitido que as ações ganhem abrangência e garantam mais oportunidades às famílias assistidas pela organização social.
Com o projeto “Inclusão e Cidadania: Jovem com um futuro promissor”, o instituto foi uma das 35 Organizações da Sociedade Civil (OSCs) contempladas com o 1º Edital de Fomento do Fundo Manaus Solidária, realizado em 2018. O Instituto de Inclusão Social e Cidadania promove a assistência direta a pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, com foco na criação de novos pequenos empreendedores na comunidade.
Atualmente, o instituto conta com diversos equipamentos adquiridos com os recursos concedidos pela Prefeitura de Manaus por meio do edital. A compra de máquinas de costura, por exemplo, possibilitou a realização do curso de corte e costura, um dos mais procurados pela população atendida pela organização.
Arlete Leal, coordenadora do Instituto de Inclusão Social e Cidadania, reafirma os impactos positivos gerados pela celebração do fomento. “Consideramos a primeira-dama Elisabeth Valeiko a madrinha do instituto, porque em 18 anos, desde a fundação, essa foi a primeira vez que fomos contemplados com um fomento. Realizamos a instalação de ar-condicionado e reformas na estrutura, além de adquirir os equipamentos de informática. Tudo isso é uma oportunidade para fazermos o bem a muito mais pessoas, então somos extremamente gratos”, conta.
Izabel Sarmento é moradora da comunidade há 27 anos e desde 2017 frequenta o Instituto de Inclusão Social e Cidadania. “Estava passando por um momento difícil em minha vida, então procurei pelo atendimento psicológico que o instituto oferece e logo comecei a participar dos cursos e das oficinas também. Foi a melhor coisa que aconteceu para mim, me senti acolhida por todos desde o início e pude aprender bastante, principalmente com o curso de corte e costura”, afirma.
História
Criado em 2002, o instituto desempenha um papel importante dentro da comunidade quanto ao resgate de jovens e adultos em situação de risco. Por meio de cursos profissionalizantes, realizados em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), o instituto busca oferecer a oportunidade de qualificação a essas pessoas. Somente no ano passado, 14 empregos foram garantidos a jovens que realizaram os cursos de operador de caixa, auxiliar administrativo, contabilidade, entre outros.
Além dos cursos e oficinas, o local também oferece a concessão de alimentos aos associados. O programa Mesa Brasil SESC, uma rede nacional de banco de alimentos contra a fome e o desperdício, atende o instituto por meio da entrega de produtos alimentícios variados, que são distribuídos igualmente entre os moradores da comunidade e de bairros próximos que, comprovadamente, necessitam do benefício. Para atestar a situação de vulnerabilidade social, a equipe de voluntários realiza o cadastro das famílias e visitas técnicas nas residências.
Mãe de oito filhos, com idades entre 1 e 21 anos, Nazaré Gomes atua como voluntária na organização, além de também ser assistida pelos projetos. “Com as atividades, meu marido e eu buscamos a qualificação para o mercado de trabalho e, com certeza, foi um aprendizado enorme tudo o que já vivenciamos aqui dentro. Além disso, é muito gratificante poder ajudar como voluntária, porque eu acredito que é melhor você servir do que ser servido, e isso contribui muito para que possamos evoluir como ser humano”, conclui.
Texto – Daniel Brito / Fundo Manaus Solidária
Fotos – Karla Vieira / Fundo Manaus Solidária