A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde, realiza, até esta terça-feira (21/05), de forma pioneira, 1º Simulado de Investigação de Surto de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), no auditório da instituição, em Manaus, para profissionais de saúde de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus).

As DTHA podem ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, além parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas. Hepatite viral tipo A e toxoplasmose são algumas das doenças que podem acometer as pessoas.

O projeto piloto de investigação das DTHA conta com a participação dos profissionais de saúde que atuam na vigilância epidemiológica, núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar, vigilância laboratorial, vigilância sanitária, núcleo de educação em saúde e mobilização social, atenção primária do município de Iranduba.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, salienta que a atividade é dinâmica e visa estimular os participantes a identificar, de forma precoce, comportamento diferente no cenário epidemiológico para prevenir morbimortalidade, conceito que se refere às estatísticas que abrange a incidência de doenças e taxas de óbitos.

“Manter a rede de vigilância em saúde municipal sensível é essencial para conter doenças, em tempo oportuno, e recomendar medidas e ações para redução das morbimortalidades pelas doenças transmitidas por água e alimentos, reduzindo o impacto socioeconômico provocado por essas doenças no território”, ressalta a diretora Tatyana.

De acordo com o responsável pela Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Alexsandro Melo, este simulado servirá de modelo para capacitação técnica para os demais municípios do Amazonas. Além disso, segundo Alexsandro, as especificidades de cada cidade também são avaliadas pelos técnicos da FVS-RCP para conduzir o simulado de DTHA adaptado à realidade municipal.

“A principal estratégia a ser avaliada é a precisão da comunicação, de forma imediata, diante de aumento repentino dos casos para toda a rede de saúde municipal, seja na assistência ou na vigilância. Além disso, o simulado visa identificar, através de ensaios estatísticos, agentes causais de possível surto para que não venha ocorrer outros episódios”, acrescenta o responsável pela Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Alexsandro.

Um dos profissionais que participaram do treinamento é o fiscal sanitário Leonardo Marinho, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Iranduba. “A capacitação representa um alinhamento frente ao assunto discutido para que a gente possa entender a função de cada setor e trabalhar em conjunto”, afirmou.

Programação

Entre os assuntos a serem abordados no simulado estão: principais Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTH); etapas de investigação de surtos de DTH; coleta, conservação, acondicionamento, transporte de amostras clínicas para laboratório; controle sanitário dos principais agentes causadores de DTH; e identificação de fatores de riscos determinantes para a ocorrências de surto de DTHA.

FOTO: Jaqueline Macedo/FVS-RCP

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