Com 1.112 unidades locais industriais, o Amazonas tinha 1,41% do total nacional (194.944 unidades locais), em 2022. Já a região Norte tinha 2,8% do total de unidades locais nacionais. Entre os principais produtos de produção e venda, no mesmo ano, se destacaram: televisores (Receita líquida de R$ 15,4 bilhões) e telefones celulares, inclusive Smartphones (Receita líquida de R$ 15,8 bilhões) e motocicletas (Receita líquida 13,8 bilhões).
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA), referente a empresa e produtos, divulgadas na quinta-feira, 27/6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Empresa) abarca entidades empresariais registradas nas seções indústrias extrativas e indústrias de transformação, da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0. Já a Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto) fornece informações sobre a produção e a venda de produtos e serviços industriais fabricados pela indústria brasileira.
As mais de 1.100 unidades locais do Estado ocuparam quase 110 mil pessoas
As 1.112 unidades locais industriais do Amazonas tinham, em 2022, 109.967 pessoas ocupadas até 31 de dezembro, do mesmo ano. O quantitativo representou 1,41% do total nacional (7.777.403 pessoas ocupadas) e 38,6% do total da região Norte (284.720 pessoas ocupadas).
Em salários, retiradas e outras remunerações o Estado alcançou R$ 5.5 bilhões. A região Norte R$ 12.4 bilhões e o país R$ 387.9 bilhões de reais.
Amazonas fica na primeira posição em receita de vendas entre os Estados do Norte
Considerando todas as unidades locais industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas, em 2022, e comparando os números dos Estados da região Norte , o Pará liderou em número de unidades locais industriais com 2.024 unidades, seguido por Rondônia com 1.131 e Amazonas com 1.112 unidades locais.
Em termos de pessoal ocupado, Pará também saiu na frente com 110.331 pessoas, seguido de perto pelo Amazonas com 109.967. Em salários, retiradas e outras remunerações, o Amazonas liderou com R$ 5.5 bilhões, enquanto Pará totalizou R$ 4.9 bilhões.
A receita líquida de vendas foi maior no Amazonas (R$ 186.2 bilhões), seguido pelo Pará com R$ 151.4 bilhões. O valor bruto da produção industrial também foi maior no Amazonas com R$ 167.5 bi, superando o Pará que somou R$ 150.6 bilhões.
Nos custos das operações industriais, o Amazonas liderou com R$ 104.72 bilhões, seguido pelo Pará com R$ 83.9 bilhões. O valor da transformação industrial foi mais alto no Pará, totalizando R$ 66.6 bi, deixando o Amazonas em segundo lugar com R$ 62.7 bilhões.
No Amazonas, segundo as duas grandes divisões (Indústria Extrativa e Indústria de Transformação), das unidades locais com 5 ou mais pessoas ocupadas, a atividade com maior número de unidades locais (98,56%), no Estado, foi a Indústria de Transformação (1.096 unidades locais). Em segunda posição veio a Indústria Extrativa com 16 unidades, representando 1,44% .
No grupo Indústria de Transformação, a liderança foi da “Fabricação de Produtos Alimentícios” (200 unidades locais), seguida pela “Fabricação de Produtos de Borracha e Material Plástico” (117 unidades locais) e pela “Fabricação de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos” (100 unidades locais).
Nesse sentido, a atividade com maior quantidade de pessoal ocupado em 31 de dezembro de 2022, foi a “Indústria de Transformação” (107.951 pessoas ocupadas) e ,nesse grupo, a fabricação de “Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos” (30.471 pessoas ocupadas) foi a maior, representando um total de 27,7% do total de pessoas ocupadas.
Na região, Estado possui mais de 30% das unidades locais com 30 ou mais pessoas ocupadas
Em 2022, o Amazonas possuía 594 unidades locais industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas, empregando um total de 103.908 trabalhadores. As remunerações somaram R$ 5.3 bilhões, com encargos sociais, indenizações e benefícios adicionais de R$ 3.9 bilhões. A receita líquida de vendas atingiu R$ 184.1 bilhões, sendo R$ 169.2 bilhões provenientes de atividades industriais e R$ 14.9 bilhões de atividades não industriais.
Os custos e despesas totais foram de R$ 140.7 bilhões, com R$ 103.5 bilhões referentes aos custos das operações industriais e R$ 99.5 bilhões aos custos de consumo de matérias-primas, materiais auxiliares e componentes. O valor bruto da produção industrial do Estado foi de R$ 165.5 bilhões e o valor da transformação industrial foi de R$ 62 bilhões.
No contexto da região Norte, o Amazonas representou 30,7% das unidades locais industriais (594 ) e 42,3% do pessoal ocupado (103.908). Em termos de salários, retiradas e outras remunerações, o Amazonas contribui com 46,7% do total regional (R$ 5,4 bilhões). Nos encargos sociais e trabalhistas, o Estado respondeu por 55% do total regional (R$ 4 bilhões).
A receita líquida de vendas do Amazonas correspondeu a 49,5% da receita regional (R$ 184.1 bilhões). Os custos e despesas do Estado representaram 49,9% do total da região ( R$ 282.1 bilhões), enquanto os custos das operações industriais somaram 47,7% do total regional (217.2 bilhões). O valor bruto da produção industrial do Amazonas equivaleu a 46,7% do total regional (R$ 354.8 bilhões) e o valor da transformação industrial representou 45% do total da região ( R$ 137.6 bilhões).
Valor de transformação cresceu quase 29 bilhões em 10 anos
Entre 2013 e 2022, o valor de transformação industrial do Amazonas aumentou de R$ 33.9 bilhões para R$ 62.7 bilhões, representando um crescimento absoluto de R$ 28.8 bilhões e um aumento percentual de aproximadamente 54,06%. Já a região Norte teve um crescimento de R$ 70 bilhões para R$ 140.7 bilhões, um aumento absoluto de R$ 70.7 bilhões, o que corresponde a um crescimento de aproximadamente 50%.
No Amazonas, as indústrias de transformação foram o principal motor do crescimento, passando de R$ 32.3 bilhões ,em 2013, para R$ 59.7 bilhões em 2022. Dentre as atividades industriais, a “Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos” se destacou, saindo de R$ 9.1 bilhões ,em 2013, para R$ 18.2 bilhões em 2022. Outro setor com desempenho significativo foi a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que aumentou de R$ 3.7 bilhões para R$ 8.9 bilhões, no mesmo período.
Receita líquida nas unidades locais industriais do Estado aumenta em mais 115%
De 2013 a 2022 a receita líquida das unidades locais industriais, no Amazonas, aumentou em 115,4%. Na região Norte, no mesmo período, o aumento foi de 159%. As indústrias extrativas tiveram aumento de 231,0%, no período de 10 anos, e as indústrias de transformação um aumento de 114,1%.
Entre as atividades, nas unidades locais industriais, as demais atividades da indústria lideraram em crescimento (174,1%), seguidas de Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (133,4%), e Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (106,2%).
“Demais atividades e outros equipamentos de transporte”, foram as que mais cresceram em termos salariais
Entre 2013 e 2022, o total de salários, retiradas e outras remunerações ,no Amazonas, aumentou de R$ 4.1 bilhões para R$ 5.5 bilhões, representando um crescimento absoluto de R$ 1.3 bilhão e um aumento percentual de aproximadamente 33,1%. Comparando com a região Norte, onde o valor subiu de R$ 8.3 bi para R$ 12.3 bilhões, tendo um aumento absoluto de R$ 4 bilhões e um crescimento percentual de cerca de 48,1%, percebe-se que o crescimento da remuneração no Amazonas foi inferior ao da região como um todo.
As atividades industriais no Amazonas que tiveram melhor desempenho em termos de crescimento salarial ,entre 2013 e 2022, incluíram a “Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos”, com aumento de R$ 1.3 bi para R$ 1.4 bilhões e a “Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores”, que cresceu de R$ 718 milhões para R$ 1.1 bilhões. Embora o setor de “Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis” tenha mostrado um aumento de R$ 72.5 milhões para R$ 66.2 milhões, é importante notar que houve flutuações significativas ao longo dos anos. O setor de bebidas também teve um aumento modesto, de R$ 153.1 milhões para R$ 179.3 milhões. As demais atividades da indústria registraram um aumento considerável, subindo de R$ 1.8 bi para R$ 2.6 bilhões.
Pessoal ocupado
Analisando a série histórica de pessoal ocupado nas unidades locais industriais do Amazonas ,de 2013 a 2022, observou-se uma recuperação gradual. Em 2013, o Amazonas contava com 139.027 pessoas ocupadas, mas esse número caiu significativamente para 93.495 ,em 2016, refletindo um período de dificuldades econômicas. A partir de 2017, iniciou-se uma lenta recuperação, com o pessoal ocupado, aumentando para 94.559 ,em 2018, e chegando a 97.575 em 2020. Em 2021, houve um crescimento mais acentuado, atingindo 106.431 pessoas ocupadas. Finalmente, em 2022, o número de pessoal ocupado no setor industrial do Amazonas alcançou 109.967, representando um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior, destacando uma retomada contínua do emprego industrial na região.
Ranking dos produtos e serviços industriais por valor de produção
Em 2022, os três principais produtos industriais do Amazonas, em termos de valor de produção, foram televisores, incluindo “Smart TVs”, com um valor de produção de R$ 21.2 bilhões, ocupando a primeira posição no ranking. Em segundo lugar, estavam os telefones celulares, incluindo “Smartphones”, com um valor de produção de R$ 16.5 bilhões. Em terceiro lugar, estavam as motocicletas, incluindo motociclos, com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 50 cm³ e menor ou igual a 250 cm³, com um valor de produção de R$ 13.7 bilhões. Esses produtos destacam-se significativamente no cenário industrial do Amazonas, representando os maiores valores de produção e, consequentemente, uma parte substancial da economia industrial do estado.
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