O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou um aumento no número de ameaças feitas à Corte ao longo da última semana.
A maioria dos ataques tem ocorrido por meio da central telefônica do tribunal, mas também há casos de ofensas por e-mail. A Ouvidoria do STF monitora as ocorrências.Nos bastidores, as ameaças têm sido atribuídas ao julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
Isso porque os ataques teriam crescido depois que o ministro Cristiano Zanin marcou a data do julgamento na Primeira Turma, que será nos dias 25 e 26 de março. Zanin é o presidente do colegiado.
Fontes da cúpula do STF dizem que o aumento no registro de ameaças “não é coincidência” e que essa é uma das razões pelas quais está sendo elaborado um protocolo rígido de segurança.A Corte prevê, por exemplo, reforço da Polícia Militar (PM) no entorno do prédio, acesso restrito ao plenário e um plano de ação para evitar ataques cibernéticos.O protocolo está em fase de ajustes finais, articulado entre a direção do Supremo e o gabinete de Zanin. A ideia é fechar os detalhes até sexta-feira (21).