Uma ação conjunta realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) com a Polícia Federal (PF), resultou na prisão do narcotraficante Celson Alves dos Santos, de 34 anos, o “Celso Amarelo”. O fugitivo foi localizado em um condomínio, no Recreio dos Bandeirantes, bairro da Zona Oeste do Rio. A prisão é resultado do trabalho da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficcco).

O secretário de Segurança, coronel Vinicius Almeida, ressaltou o êxito na prisão do narcotraficante e a integração entre as agências de inteligência das Forças de Segurança.

“Quero destacar o trabalho da inteligência da SSP, que trabalha em conjunto com a inteligência das polícias militar e civil e do Sistema Prisional do Amazonas (Seap). Essas inteligências de maneira coordenada e unida buscam levar resultados para a sociedade e faz todo esse trabalho compartilhando essas informações e, soma todos os dados com a PF visando ter resultados positivos para a população”, disse o secretário.

Prisão

No momento da prisão, os agentes da PF, com apoio da Seai, identificaram que Celson apresentou documento falso. As investigações das Forças de Segurança apontam que o fugitivo é um dos líderes e membro do “Conselho Permanente” de uma das principais organizações criminosas do Estado do Amazonas. O homem responde pelos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Em Manaus, o preso liderava o tráfico na zona Oeste.

FICCO

Conforme o delegado Sávio Pinzon, da PF, essa é a segunda prisão de narcotraficante no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficcco), que tem como objetivo intensificar o enfrentamento às organizações e associações criminosas.

“Esse é mais um trabalho que demonstra a efetividade da integração das forças. A Ficco é um projeto do Ministério da Justiça de combate ao crime organizado e, essa prisão no Rio de Janeiro, representa um excelente resultado e comprova que essa integração surge gerando resultados, e nós continuaremos a produzir para gerar mais operações e novos casos que já estão sendo investigados’, explicou Sávio.

O secretário da Seai, Divanilson Cavalcanti, explicou a importância da integração e identificação dos líderes criminosos. “O nosso trabalho é identificar as lideranças que estão fora do estado com a ajuda da Ficco. Buscamos essa integração também com os demais órgãos, para que nenhuma liderança fique impune e que eles possam ser presos e encaminhados para a Justiça”, disse.

Prisões anteriores

As investigações das Forças de Segurança do Amazonas e da Polícia Federal identificaram que Celson é considerado um dos principais distribuidores de drogas da região norte. O homem foi preso em setembro de 2019, porém obteve o benefício da prisão domiciliar para tratamento médico, pelo prazo de 30 dias, em sede de habeas corpus no plantão judicial de 2º Grau, mas não retornou e rompeu o equipamento de monitoramento eletrônico. 

Procedimentos

Após a localização e captura realizada por policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas e integrantes da SSP-AM, o preso foi encaminhado à Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, para as formalidades decorrentes da prisão judicial e, posteriormente, será encaminhado ao sistema prisional.

Armas apreendidas

Seis armas e diversas munições foram apreendidas durante os desdobramentos da operação na capital amazonense. Os policiais da Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) receberam a informação de que em um beco na rua Evaristo da Veiga, bairro Compensa, havia armamentos escondidos.

“Através de informações da Seai, enviamos homens da COE, para esse local sensível na Compensa, porque a possibilidade de confronto era muito grande. A COE se deslocou até o local e, ao chegar, não tiveram confronto, os meliantes que estavam guardando esse material se evadiram e através da busca e revista do local foram encontrados os armamentos”, disse o comandante do Comando de Policiamento Especializado (CPE), tenente-coronel Alysson Lima.

O diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), delegado Alessandro Albino, explicou que será realizada uma investigação após a apreensão do armamento. “Com a apreensão dessas armas, nós vamos dar continuidade nas investigações e verificar se algumas delas praticaram um homicídio na cidade ou estariam envolvidas em algum crime, também verificar quem estava recebendo esse armamento e qual era o destino final delas”, frisou o delegado.

FOTOS: Carlos Soares/SSP-AM / Reprodução

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