O Ministério da Saúde (MS) emitiu novas recomendações para a vacinação contra a Covid-19 de gestantes e puérperas. Nota técnica enviada aos estados e municípios na terça-feira (06/07) orientou a imunização deste grupo independentemente da existência de doenças pré-existentes e manteve a exigência de prescrição médica.
A enfermeira do Programa Nacional de Imunização (PNI) da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Josy Dias, ressaltou a importância da imunização contra Covid-19 de todas as gestantes e puérperas a partir de 18 anos.
“É importante para as grávidas e puérperas essa vacinação porque nesse momento elas têm uma baixa imunidade e têm tido muitos casos de Covid-19 nessa população. É indicação do próprio Ministério da Saúde que elas possam buscar os postos de saúde para fazer a sua vacinação”, destacou.
A vacinação deverá ser realizada com imunizante sem o vetor viral em sua composição, conforme orientação do MS. Obedecendo também o intervalo de 15 dias entre a vacina contra a Covid e a da influenza. As gestantes vacinadas contra o novo coronavírus dentro desse prazo, já podem providenciar a imunização contra a influenza.
“O Ministério da Saúde indica a vacinação de grávidas e puérperas com as vacinas da CoronaVac ou Pfizer e preconiza não só para gestantes, mas para toda a população que tome outras vacinas, por exemplo da influenza, com a diferença de, pelo menos, 15 dias, entre a vacina da Covid e a vacina tomada naquele momento”, disse a enfermeira.
Outras recomendações – A vacinação contra a Covid-19 poderá ser realizada em qualquer trimestre da gestão. Para aplicação da vacina deverá ser exigido prescrição médica.
“A vacinação das gestantes e puérperas deverá ser condicionada a uma avaliação individualizada, compartilhada entre a gestante e seu médico, do perfil de risco-benefício, com apresentação de prescrição médica”, diz trecho da nota técnica.
As gestantes que já tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca devem aguardar o término do puerpério, período de 45 dias após o parto, para a administração da segunda dose do mesmo imunizante, conforme orientação do MS.
“A gente reforça que a segunda dose deve ser feita com a AstraZeneca porque o benefício da vacina é maior do que o risco. O índice de letalidade no Brasil das grávidas é de 10%, enquanto na população em geral é em torno de 2%. A letalidade é muito alta. Gestantes e puérperas podem procurar os postos de vacinação contra a Covid nas suas cidades que estão aplicando o imunizante para este grupo prioritário”, explicou a chefe do Departamento de Atenção Básica e Ações Estratégicas (Dabe) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Viviana Almeida, acrescentado que a orientação do PNI é fazer a aplicação em grávidas e puérperas apenas de doses da Pfizer e da CoronaVac.
O Ministério da Saúde reiterou, na quinta-feira (08/07), que não está autorizado no país a combinação de vacinas, intercambialidade, receber a primeira dose de uma vacina seguida da segunda dose de outra.
“Não tem estudo suficiente que respalde esse tipo de conduta. Se tomou a primeira dose de uma vacina, tem que tomar a segunda dose do mesmo fabricante”, enfatizou Almeida
Vacinômetro – Dados parciais do PNI da FVS-RCP, apontam que 14.543 doses foram aplicadas em gestantes e puérperas no Amazonas até a manhã desta sexta-feira (09/07), sendo 13.539 de primeira dose e 1.004 de segunda dose. A informação está disponível no site da FVS-AM por meio do www.fvs.am.gov.br.
FOTOS: Herick Pereira/Secom e Arthur Castro/Secom
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