Os servidores da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) que atuam na capital e no interior do estado participaram, na tarde desta quinta-feira (25/05), de um treinamento on-line sobre a praga quarentenária Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. A capacitação contou com a explanação do auditor fiscal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Glauco Teixeira.
Segundo o gerente de Defesa Vegetal da Adaf, Sivandro Campos, o objetivo do treinamento é capacitar os servidores para realizarem, posteriormente, o levantamento de detecção referente à praga vassoura-de-bruxa da mandioca no Amazonas. Sivandro afirmou ainda que por isso, todas as unidades locais foram comunicadas, via memorando, sobre a importância de assistirem o treinamento.
Entre os temas abordados juntos aos servidores que promovem a fiscalização fitossanitária nas Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs) estiveram as legislações que embasam a declaração de emergência quando um foco da praga é identificado; a realização de levantamentos fitossanitários; a necessidade de certificação; e as regras para o trânsito da mandioca e de suas partes, quando provenientes de áreas contaminadas.
Segundo Glauco, para reduzir o risco de entrada da praga em áreas sem registro do fungo, que tem alta capacidade de dispersão, a recomendação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é de que a mandioca seja transportada sem casca.
“O risco é suficiente para proibir. Por isso, folhas, raiz com casca ou qualquer material de propagação não pode ser transportado de área contaminada para não contaminada. Já no caso dos subprodutos como farinha e tucupi, que já passaram por uma manipulação, não há restrição”, explicou.
No Amazonas, não há casos da praga vassoura-de-bruxa da mandioca. A doença é causada pelo fungo Rhizoctonia theobromae (Ceratobasidium theobromae) e foi identificada pela primeira vez no Brasil em agosto de 2024, em plantações de mandioca nas terras indígenas do Oiapoque.
O Mapa confirmou oficialmente esse primeiro foco com laudo molecular. Desde então, o fungo já foi detectado também nos municípios de Calçoene e Amapá (AP) e vários outros municípios vizinhos.
Levando em conta as especificidades de cada unidade da federação, a recomendação do Mapa é de que cada estado realize sua avaliação de risco, baseada em critérios como comércio, treinamento de pessoal e proximidade do estado com áreas contaminadas ou áreas indígenas, onde a troca de produtos é comum.
FOTO: Divulgação/Adaf