Seminário de Bioeconomia e Negócios Sustentáveis discute inovação e sustentabilidade na Amazônia

Durante o evento, os participantes foram divididos em grupos para debater os quatro eixos temáticos do seminário

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A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti) promoveu, nesta terça-feira (12/11), o 5º Seminário de Bioeconomia e Negócios Sustentáveis, realizado no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), no Distrito Industrial de Manaus. Com o tema Bioeconomia e Inovação Sustentável no Amazonas, o evento reuniu especialistas, pesquisadores, gestores públicos, e representantes de ONGs e da sociedade civil para discutir caminhos viáveis e sustentáveis para o desenvolvimento econômico do Amazonas, valorizando a sociobiodiversidade local.

O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) da Sedecti, Jeibi Medeiros, liderou o evento representando o titular da pasta, Serafim Corrêa. Medeiros destacou a importância do seminário para o desenvolvimento da bioeconomia no Amazonas, mencionando que o evento fortalece a elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia.

“É uma discussão muito rica, que é de muito proveito para o Estado. A cada edição, fortalecemos a troca entre setores público, privado, acadêmico e sociedade civil, criando um ambiente de colaboração que impulsiona novos negócios, pesquisas e projetos sustentáveis”, afirmou.

O presidente do Conselho Regional de Biologia da 6ª Região (CRBio-06), Felipe Pinheiro, destacou a relevância de estabelecer uma comissão de bioeconomia na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para consolidar políticas voltadas ao uso sustentável dos recursos naturais e fomentar discussões essenciais para o setor.

“A criação de uma comissão possibilitará a expansão dessa discussão. Considero que é muito vantajoso para o Amazonas, que tem abundância de recursos naturais, ter um espaço onde o Legislativo Estadual possa debater políticas para gerenciar e normatizar o uso desses recursos. Quando buscamos esse diálogo, acredito que a sociedade é a maior beneficiada, e os resultados são melhores para todos”, ressaltou Felipe Pinheiro.

Alternativas

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Amazonas (Ciama), Aluízio Barbosa, compartilhou as ações da Ciama no Comitê Gestor de Bioeconomia, enfatizando o desenvolvimento de fontes de energia alternativa para comunidades isoladas. “A Ciama faz parte do comitê de bioeconomia, e o que coube à Ciama nesse comitê foram as fontes de energias alternativas. Nós já temos alguns estudos com comunidades isoladas. Houve também a iniciativa de promover um curso de pós-graduação em bioeconomia, que capacitará servidores do Estado para dar suporte a esse movimento.”

A diretora de Bionegócios do CBA, Andrea Lanza, falou sobre o processo de transformação do centro em um hub de negócios sustentáveis, focado na comercialização de produtos da biodiversidade amazônica. “Nosso maior desafio é fazer um mapeamento das principais cadeias produtivas e comunidades que trabalham com produtos da biodiversidade”, explicou.

Lanza destacou ainda que o objetivo central é apoiar o desenvolvimento econômico das comunidades locais, promovendo o compartilhamento de benefícios com os pequenos produtores, ribeirinhos e moradores das comunidades.

Durante o evento, os participantes foram divididos em grupos para debater os quatro eixos temáticos do seminário: Ecossistema de Negócios; Mudanças Climáticas, Carbono e Internacionalização; Governança, Pessoas e Cultura; e Energia Renovável. Essas sessões resultaram em estratégias para fortalecer a bioeconomia no Amazonas, contribuindo para uma economia mais inclusiva e ambientalmente responsável.

FOTO: Bruno Leão/Sedecti

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