Agora os norte-americanos pegam a Holanda nas oitavas de final
Graças a um gol de Pulisic, os Estados Unidos derrotaram o Irã por 1 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Thumama, e se garantiram nas oitavas de final da Copa do Catar. Os norte-americanos avançaram após alcançarem a segunda melhor campanha do Grupo B da competição.
Já os iranianos não conseguiram alcançar um fato inédito, ultrapassar a fase de grupos pela primeira vez em sua quinta participação em um Mundial de seleções.
Na partida que era considerada uma das principais da primeira fase da competição por envolver dois países que vivem sob tensão há mais de 40 anos, desde a Revolução Islâmica, com o rompimento das relações diplomáticas, o que prevaleceu foi o bom futebol.
Precisando de uma vitória para avançar para as oitavas, os norte-americanos começaram a partida com uma postura mais propositiva, mantendo mais a posse de bola, trocando passes na intermediária do campo do Irã e buscando espaços para finalizar. Já o Team Melli se fechava atrás, abusando de uma forte marcação que às vezes descambava para lances violentos.
Em um confronto muito intenso no meio de campo, a primeira finalização a gol surgiu apenas aos 10 minutos, quando Musah levantou a bola na área, onde o camisa 10 Pulisic cabeceou para defesa sem dificuldade do goleiro Beiranvand.
Seis minutos depois os norte-americanos voltaram a chegar com perigo. Dest avançou na ponta direita e cruzou rasteiro, forte, para Beiranvand afastar com um soco e impedir a finalização de Pulisic. Já o Irã se limitava a esperar na defesa por uma boa oportunidade de avançar rápido em contra-ataque.
Aos 27 Pulisic tocou para Sargent, que bateu forte para corte da zaga iraniana. A bola ganhou altura e Weah chegou finalizando de cabeça, mas Beiranvand defendeu bem. Cinco minutos depois foi Weah que levou perigo, ao bater forte, de dentro da área, mas a bola foi por cima da meta do Irã.
E, de tanto tentar, os norte-americanos conseguiram abrir o marcador aos 37 minutos. McKennie lançou Dest na ponta direita e o lateral escorou, de cabeça, para o meio da área, onde Pulisic chegou escorando de primeira. Este foi o primeiro gol do jogador do Chelsea (Inglaterra) em um Mundial de seleções. O detalhe é que o camisa 10 dos Estados Unidos acabou se chocando com muita força com o goleiro Beiranvand no lance e acabou não comemorando o seu tento.
Com a desvantagem no marcador os iranianos passaram a se posicionar de forma mais adiantada no gramado. Com isso, os Estados Unidos conseguiram encontrar mais espaços para contra-atacar, como aos seis minutos de acréscimos, quando Weah recebeu lançamento longo e bateu na saída do goleiro para colocar no fundo do gol. Mas o lance foi anulado pelo juiz espanhol Antonio Mateu por posição irregular do atacante.
Mas o fato é que a etapa inicial foi de predomínio da equipe norte-americana, que teve 58% de posse de bola e finalizou oito vezes, enquanto o Team Melli não bateu a gol.
No retorno do intervalo, os Estados Unidos tiveram que abrir mão de seu líder técnico, Pulisic, que não conseguiu se recuperar do choque que sofreu ao marcar o gol. O segundo tempo iniciou com o Irã arriscando mais, e chegando pela primeira vez ao gol aos 7 minutos, quando Razaeian cruzou na área para Ghoddos cabecear para fora.
Aos 19 o Team Melli chegou novamente com perigo, quando Gholizadeh aproveitou sobra de bola e cruzou rasteiro. Taremi não conseguiu finalizar e Ghoddos bateu com violência, mas para fora.
O tempo foi passando e o desespero do Irã foi aumentando. O Team Melli fez uso então de uma velha estratégia para tentar reverter o marcador, levantar bolas na área da equipe adversária. Mas a ideia se mostrou pouco efetiva diante da segura defesa norte-americana. E a melhor oportunidade surgiu já nos acréscimos. Aos 47, quando Razaeian cobrou falta e Pouraliganji cabeceou com muito perigo.
Agora, os norte-americanos (que passaram na segunda posição do Grupo B) pegam a Holanda, primeira colocada do Grupo A, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (3) no Estádio Internacional Khalifa.
Edição: Fábio Lisboa
Foto: Reuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados
Fonte: Agência Brasil