A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), apresentou, nesta quinta-feira (07/08), resultados da Operação Smooth Operator, que culminou na prisão de sete pessoas envolvidas no roubo de uma carga com 9 quilos de ouro, avaliada em R$ 6 milhões, ocorrido em novembro de 2024. Quatro meses depois, um dos donos do minério foi morto após descobrir que um de seus sócios havia sido o responsável pela ordem do crime.
A operação foi realizada em conjunto com o 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Humaitá, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil de Rondônia (PC-RO) e o Batalhão de Policiamento Tático de Ação e Reação ao Crime Organizado (BPTar) da Polícia Militar de Rondônia (PMRO).
Os presos são: André Santos Prado Filho, 37 anos; Emanuel de Jesus Relva Gomes, 25 anos; Genis Augusto Antunes Ferreira, 23 anos; João Paulo Santiago Neto, 23 anos; Raimundo José Cruz Santiago Neto, 32 anos; Samara Queiroz dos Santos, 41 anos; e Vanderlei Alves da Silva.
O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), iniciou a coletiva parabenizando a equipe de Humaitá pelo excelente trabalho, que resultou na prisão do grupo criminoso envolvido no roubo do ouro e no homicídio de um dos donos da carga, destacando que o caso gerou grande repercussão, com uma investigação considerada bastante complexa, mas bem-sucedida.
“Os agentes do DPI, em contato com os policiais da DIP de Humaitá, acompanharam todo o desenrolar da investigação em sigilo, garantindo o êxito da operação. A população esperou e a resposta veio. Parabenizo todos os policiais envolvidos. Isso vem deixando cada vez mais claro que a população do município pode e deve contar sempre com a Polícia Civil”, afirmou Paulo Mavignier.
Investigações
Conforme o delegado Torquato Mozer, da DIP de Humaitá, a ação foi desencadeada após uma investigação que durou cerca de um ano. Apesar de receberem ordens fragmentadas e não compreenderem totalmente o processo, os policiais executaram o trabalho com confiança, o que resultou na prisão de sete pessoas envolvidas no roubo de 9 quilos de ouro e na morte de um dos sócios do minério.
“A operação foi deflagrada em três etapas, na segunda-feira (04/08), com as primeiras prisões; na terça-feira (05/08), com buscas e apreensões em Porto Velho e Humaitá; e, finalmente, na quarta-feira (06/08), com mais prisões em Humaitá. Essa foi uma investigação longa, o que justifica a demora nos desdobramentos”, explicou Torquato Mozer.
Segundo o delegado, a investigação começou em setembro de 2024, quando ocorreu um roubo em Humaitá, envolvendo produtos subtraídos de um frigorífico, com prejuízo estimado em cerca de R$ 70 mil. A ação culminou na prisão dos envolvidos na virada do ano, em 31 de dezembro. No município, passou a circular comentários de que a Polícia Civil havia prendido um grupo criminoso responsável pelo roubo de 9 quilos de ouro.
“Esse fato nos chamou a atenção, e iniciamos as investigações. No decorrer da apuração, conseguimos identificar todos os envolvidos e descobrimos que o roubo do ouro foi comandado por um dos sócios do consórcio responsável pelo transporte do minério, com o objetivo de prejudicar os outros sócios. Um dos sócios descobriu que o roubo havia sido ordenado por seu companheiro e, ao confrontá-lo, houve uma discussão. Em fevereiro, ele foi morto em decorrência disso”, explicou o delegado.
Torquato Mozer concluiu afirmando que o caso está considerado solucionado, tanto em relação ao roubo quanto ao homicídio.
Procedimentos
O grupo responderá por roubo, homicídio, associação criminosa, entre outros crimes. Eles permanecem à disposição do Poder Judiciário.
FOTO: Lyandra Peres e Divulgação/PC-AM