Polícia elucida crime da servidora do TRT, prende criminoso e dá detalhes do caso

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Em 10 dias, a Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), elucidou a morte da servidora federal Silvanilde Ferreira Veiga, 58, morta no último dia 21 de maio, em seu apartamento, localizado em um condomínio, no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. Nesta terça-feira (31/05), o AGP Caio Claudino de Souza, 25, foi preso pela autoria do crime.

Durante coletiva de imprensa realizada na sede da DEHS, no bairro Jorge Teixeira, zona leste, estiveram presentes o delegado-geral adjunto da PC-AM, Bruno Fraga, o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), os delegados Ricardo Cunha e Marília Campello, titular e adjunto, respectivamente, da unidade especializada.

Reprodução: Instagram

O CRIME

Segundo o delegado Ricardo Cunha, durante análise das câmeras de segurança foi possível ver Kaio nervoso, fazendo uso do elevador por diversos andares do condomínio e aparentava estar incomodado, como se estivesse sob efeito de drogas. Quando o suspeito chegou no 14º andar, ele parou e ficou cerca de 13 minutos, porém, não havia câmeras de segurança no corredor para que pudessem mostrar a ação do suspeito. 

Conforme Cunha, Kaio teria tentado entrar em outros apartamentos até que ele encontrou a oportunidade de abordar a servidora Silvanilde. A suspeita é de que a vítima teria sido vista com um celular na mão após sair de casa rapidamente para jogar o lixo ou pegar algo no carro, e ao retornar para casa foi abordada pelo vigilante que tinha interesse, inicialmente, em roubar o telefone da mulher. 

Na versão apresentada por Kaio durante depoimento, ele confessou que estava sob efeito de cocaína e bateu na porta de Silvanilde informando que precisava olhar o quadro de luz do apartamento, momento em que a vítima abriu a porta e permitiu a entrada dele por volta das 17h50. 

Ao entrar, Kaio exigiu o telefone da mulher e transferências via pix, porém, ambos entraram em luta corporal. De acordo com a delegada Campelo, o suspeito já estava armado com uma faca quando entrou na casa e deu diversos golpes na mulher, além das agressões. A mulher foi morta com requintes de crueldade, pois, ela apresentava 14 facadas, sendo a maioria no pescoço, entre elas um golpe final. 

Após o crime, o suspeito fugiu com o celular e apareceu em câmeras saindo do condomínio por volta das 18h06 com as roupas sujas de sangue. Conforme o delegado Cunha, o suspeito ainda tentou se lavar após cometer o crime. Ele deixou a motocicleta que pertencia ao condomínio e solicitou um carro por aplicativo. Durante a corrida, ele jogou o celular de Silvanilde. 

Ainda conforme a delegada Marília, o suspeito não conhecia a família e nem a vítima, e a escolheu aleatoriamente.

O delegado-geral adjunto destacou o empenho dos policiais civis em conseguir solucionar, dentro de 10 dias, o delito, bem como, prender o autor.

“Os trabalhos foram intensificados para entregar a resolução deste caso de grande comoção social, de forma rápida e eficaz, identificando e prendendo a autoria do latrocínio contra a servidora”, disse Fraga.

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, a prisão ocorreu na casa do infrator, no bairro Coroado, zona leste de Manaus.

“Caio foi chamado para reforçar a segurança do condomínio onde a vítima morava, porque seriam realizadas festas de grande dimensão no local. Na ocasião do crime ele estava sob efeito de entorpecentes e planejava roubar os pertences da vítima. Ele também tentou transferir dinheiro da conta de Silvanilde por meio do Pix. Caio roubou o aparelho celular da mulher, que posteriormente foi jogado nas proximidades do bairro onde o crime ocorreu”, disse o delegado.

A delegada Marília Campello acrescentou que Silvanilde foi alvejada com mais de 12 golpes de arma branca, atingindo, inclusive, a sua garganta, o que ocasionou a sua morte.

O suspeito do crime, segundo a delegada, negou a participação de outras pessoas no crime.

“Havia muitas suposições sobre a autoria do crime, no entanto, o indivíduo foi ouvido pelas equipes policiais e negou qualquer ligação com outros possíveis autores. Ele disse que agiu na intenção de subtrair bens da vítima para comprar entorpecentes”, disse a delegada.

O titular da DEHS ressaltou que o caso foi solucionado como resposta de combate à criminalidade na capital.

“A ação foi bem-sucedida e estamos apresentando para a sociedade o resultado das investigações e dedicação em combater esses delitos violentos em Manaus”, informou o delegado.

Procedimentos 

Caio responderá por latrocínio e ficará à disposição da Justiça.

FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM

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