Nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão, diz Lula

Presidente afirmou que novas normas deverão passar pelo aval da Casa Civil da Presidência

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (20) que novas portarias de ministérios deverão ter o aval do Planalto. A orientação foi dada durante a primeira reunião ministerial do ano. A nova regra determinada pelo presidente também foi feita na esteira da repercussão negativa sobre o caso Pix, que levou o governo a recuar de uma medida sobre a fiscalização de transações.

“Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós, sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, alguém faz um negócio qualquer e daqui a pouco arrebente e vem cair na Presidência da República”, afirmou Lula.

O chefe do Executivo também cobrou mais dedicação dos ministros até o fim do seu mandato. Ele afirmou ainda que deverá ter reuniões individuais com integrantes da equipe ministerial.

O encontro é realizado em meio à expectativa sobre uma reforma ministerial. Lula antecipou que quer conversar com os partidos que têm representantes na Esplanada, já pensando nas eleições de 2026. Segundo ele, o clima eleitoral foi antecipado pelos adversários do governo.

Atualmente, a Esplanada tem 38 ministros. Além do próprio PT, que tem o comando de 12 pastas, outros dez partidos (PSD, MDB, Republicanos, PSB, União Brasil, PC do B, PP, PDT, PSOL e Rede) têm representantes na equipe ministerial.

“Eu quero conversar com vocês sobre os partidos que estão aliados conosco. Nós temos vários partidos políticos e eu quero que esses partidos continuem juntos, mas nós estamos chegando no processo eleitoral”, disse.

Sobre as eleições de 2026, Lula afirmou ser “tarefa” dos ministros atuar para a definição das alianças do Executivo com seus respectivos partidos. O presidente também afirmou estar “agradecido” pela relação de confiança com os ministros e suas siglas.

“A gente não sabe se os partidos que vocês [ministros] representam querem continuar trabalhando conosco ou não. Essa é uma tarefa também de vocês no ano de 2025. E é uma tarefa grande, não é uma tarefa pequena. É isso que quero pedir para vocês”, disse.

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