Morre Klinger Araújo, O “Furacão do Boi’

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O levantador de toadaa Klinger Araújo, 51, morreu hoje, (29), por complicações causadas pela Covid-19.

Klinger, estava internado na Samel, há quase 1 mês e já havia se curado da covid, mas teve sequelas graves, principalmente nos rins e pulmões e se tratava para recuperar.

Amigos e este Portal estão consternados pela irreparável perda do amigo e colega de profissão.

Klinger trabalhou como locutor da Rádio Difusora do Amazonas e atualmente era levantador do Boi Bumbá Caprichoso.

Governo do Amazonas e Prefeitura emitiram notas de pesar:

Governo

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa manifesta profundo pesar pelo falecimento do artista amazonense Klínger Araújo. O cantor, que estava internado desde o último dia 13 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Samel, em Manaus, faleceu no início da tarde desta terça-feira (29/09), aos 51 anos, vítima de complicações renais causadas pelo novo coronavírus (Covid-19).

“Klinger era uma pessoa extraordinária, que sempre emanava coisas boas. Inspirador, alto astral. Deixa um legado cultural gigante, uma história relacionada à rádio, onde trabalhou durante muito tempo. Trabalhamos juntos em alguns programas de rádio, na Difusora, por exemplo. Um artista inigualável, versátil, irreverente e muito talentoso”, comentou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.

Trajetória – A trajetória artística de Klinger Araújo começou em 1986, quando ele atuava como radialista em Parintins, município onde nasceu. Alguns anos depois, foi DJ e locutor dos noticiários da emissora local.

Klínger foi um dos artistas mais populares do Amazonas, sendo carinhosamente conhecido como “Furacão do Boi” graças ao trabalho dedicado aos bumbás Garantido, onde iniciou a carreira na década de 1990; e Caprichoso, onde firmou raízes folclóricas e atuou como cantor, instrumentista e backing vocal.

A última apresentação em Parintins, pelo Boi Caprichoso, foi durante o Carnaboi 2020, onde comandou a Nação Azul e Branca, e ainda foi homenageado no Carnailha.

Klínger Araújo foi um dos grandes responsáveis pela divulgação da cultura amazonense no Brasil e no exterior, tendo levado o ritmo do boi-bumbá para Las Vegas e Nova York, entre outras cidades. Em outubro de 2017, ele gravou o primeiro DVD, no palco do maior templo da cultura local, o Teatro Amazonas.

Klínger, que era casado com a também cantora Vanessa Alfaia, deixa quatro filhos e dois netos.

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Prefeitura de Manaus

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e a primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, manifestaram profundo pesar pela morte do artista parintinense e um dos ícones do folclore amazônico, o boi-bumbá, Klinger Araújo, vítima de complicações provocadas pela Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

“Aos 51 anos, Klinger ou o ‘Furacão do Boi’, como era conhecido, deixa a cidade de Manaus e todo o Amazonas de luto e com o coração entristecido. É mais uma vítima dessa doença nefasta e sai de cena, prematuramente, deixando o sentimento de que ele ainda tinha muito a contribuir com nossas manifestações culturais”, disse o prefeito.

Klinger viveu em Manaus desde os 13 anos e foi um dos responsáveis pelo crescimento do movimento boi-bumbá na capital do Amazonas, nos anos 1980 e 1990. Tinha múltiplos talentos: além de músico, compositor e levantador de toadas, fez sua vida profissional como radialista, atuando nas rádios Alvorada (Parintins) e Difusora (Manaus), além de ter se revelado um excelente comediante e imitador.

“Ele tinha uma veia inegável de artista e de comunicador e se entregou de corpo e alma ao boi-bumbá, sendo um dos primeiros locutores de rádio a divulgar as toadas que recebia de seus amigos compositores”, resgatou a primeira-dama. “Deixará saudades e muitas histórias para essa e as futuras gerações”, destacou Elisabeth Valeiko.

Klinger Araújo deixa uma família de artistas, a esposa Vanessa Alfaia, o filho Klinger Júnior e a filha Iandiara, de apenas 8 anos.

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A Associação Cultural Boi-Bumbá Caprichoso lamenta profundamente a morte do toadeiro Klinger Araújo, ocorrida nesta terça-feira (29/09), em Manaus, devido a complicações causadas pelo Coronavírus.

O presidente Jender Lobato e o vice Karu Carvalho, ainda impactados com a notícia, se irmanam, neste momento de dor e perda, com familiares e amigos. Ao mesmo tempo, decretam luto de 3 dias na Agremiação Cultural, em respeito à memória desse grande artista que muito contribuiu para a exaltação da toada e divulgação do Festival Folclórico de Parintins.

No dia em que lembramos nove meses da partida do Pop da Selva, Arlindo Júnior, o Furacão do Boi, Klinger Araújo, resolveu ao lado dele e de Emerson Maia, cantar as toadas azuladas no firmamento azul. Ficam nas nossas memórias os grandes momentos e o encontro desses amigos no teatro da vida, como a emocionante flauta de Klinger Araújo acompanhando a interpretação de Arlindo Júnior, no Teatro Amazonas.

A última apresentação de Klinger Araújo, em Parintins, pelo boi Caprichoso, foi durante o Carnaboi 2020, onde comandou a Nação Azul e Branca e ainda foi homenageado no Carnailha pelo bloco Fax Clube.

De alegria contagiante e de um humor extraordinário, Klinger saiu de Parintins para trabalhar em Manaus. Como radialista foi o pioneiro a tocar toadas de boi-bumbá nas emissoras da capital amazonense, evidenciando artistas e os bumbás de Parintins. Como artista, defendeu as duas cores e ainda representou o nosso folclore em programas de TV nacionalmente.

Hoje, Klinger, sua flauta se silencia. Seu bailado chora. Seu palco está vazio. E mesmo com as cortinas do palco da vida se fechando sem termos a oportunidade da despedida, o aplaudimos de pé! O Boi Caprichoso, sua diretoria e a Nação Azul e Branca se despendem com um MUITO OBRIGADO por tudo!

Jender Lobato – Presidente

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