Mais de 300 pessoas já participaram do projeto ‘Filhos para Sempre’ só em 2025

Iniciativa da Defensoria do Amazonas estimula boa relação parental de pais separados em benefício dos filhos

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As 4ª e 5ª edições do projeto “Filhos para Sempre” deste ano foram realizadas no auditório da Sede Administrativa da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) nesta segunda-feira (24) e terça-feira (25). Só nesta última edição, 70 pessoas estiveram no local e e participaram da atividade coordenada pelo defensor Helom Nunes, titular da 1ª Defensoria Pública de 1ª Instância de Família. Até agora, 301 pessoas participaram do projeto em 2025.

Para Helom Nunes, a cada edição, o projeto ganha força e é possível ver ainda uma mudança de postura dos participantes. “Nós temos ouvido muito dos pais as palavras ‘cuidado e presença’. A guarda compartilhada está trazendo esse novo aspecto. Antes, falávamos muito sobre ‘obrigações e responsabilização’, mas hoje estamos vendo muito também ‘presença, cuidado’. Nesses dois dias, especialmente nesta terça, esse foi o recado que essas duas edições do ‘Filhos Para Sempre’ deixaram. A guarda compartilhada só vai ter efetividade se houver o cuidado e presença ativa dos dois”, ressalta.

Os participantes são pais e mães separados com filhos que devem passar por audiências de conciliação. A iniciativa da DPE-AM os ajuda a entenderem a importância de manter uma relação amigável em benefício das crianças e mostra estratégias saudáveis de coparentalidade.

Pai de duas meninas de 13 e 15 anos, Jonas Veloso já repensa não só a relação com a ex-esposa, mas também com as filhas. “Guarda compartilhada não é só chegar lá pegar o filho e deixar. Nem todos os pais têm aquele tempo suficiente para ficar com o filho, 15 dias, porque é corrido, mas sempre é bom chegar e fazer uma videochamada, conversar com o filho, perguntar ‘como é que você está?’. Eu não faço isso sempre, mas sempre que eu posso, eu faço o possível”, disse.

Gabriela é mãe de uma menina de dois anos de idade. Ela conta separação com o pai da criança é recente, mas que eles mantêm um contato restrito. Contudo, a partir do que foi ouvido na palestra, Gabriela afirma que passou a entender que é preciso avançar. “Como as coisas estão bastante recentes, está sendo um trabalho um pouco difícil. Mas, conforme tudo for se encaixando, o ideal é que só ajude a Laura, né? A convivência e tudo mais. Então, ouvindo e vendo com mais clareza numa palestra, a gente abre mais a mente. Estou dedicada a tentar me esforçar”, garantiu.

Foto: Brayan Riker/DPE-AM

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