O homem de 18 anos acusado de invadir a casa de uma mulher, matar a vítima e enterrá-la no quintal, em Barretos, no interior de São Paulo, vai passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (4).
Leonardo Silva está preso na Cadeia Pública de Colina e, caso não seja constatada nenhuma irregularidade na prisão, deve ser levado para um centro de detenção provisória da região. Em depoimento, ele confessou o crime e disse ter agido por vingança.
O suspeito foi preso em um posto de combustíveis na cidade de Frutal, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (3), pela polícia civil de Barretos, com apoio da PM mineira.
Com ele, foi apreendida uma moto, que, segundo as investigações, teria sido comprada com dinheiro da vítima. Durante a abordagem policial, ele não resistiu à prisão, no entanto, deu risada e debochou dos agentes, contou à CNN o delegado Rafael Faria Domingos, da DIG de Barretos, que está à frente do caso.
Os vizinhos de Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, procuraram a polícia civil e informaram que ela estava desaparecida há pelo menos uma semana. Na última terça-feira (1º), o corpo foi encontrado.
A polícia foi até a casa da vítima, no bairro Jardim Los Angeles, suspeitando de morte natural. Um dos policiais, então, estranhou a terra remexida no quintal e, ao se aproximar, encontrou a cova. A perícia e os bombeiros foram acionados.
O laudo do IML ainda não está pronto. De acordo com o legista, o avançado estado de decomposição pode atrapalhar as conclusões, mas a suspeita é de que a morte tenha sido por asfixia.
No princípio, a investigação indicava para latrocínio, que é roubo seguido de morte, uma vez que o celular e objetos da vítima tinham sumido.
O crime
Em depoimento, Leonardo confessou o crime. Ele contou que chegou à casa de Nilza no último dia 23, pulou o muro e esperou a vítima acordar na manhã seguinte, quando a enforcou com um fio de um cortador de grama.
O suspeito disse ainda que guardou o corpo num baú e começou a cavar um buraco no quintal para enterrar a vítima, dias depois. Imagens de câmeras de segurança da casa mostraram Leonardo circulando pelo quintal com o baú.
À polícia, Leonardo disse, ainda, que matou Nilza por vingança. Segundo ele, há três meses a vítima o convidou para trabalhar na casa dela, prestando serviços domésticos.
O homem contou que largou um emprego em Minas Gerais, de onde é natural, para morar na casa de Nilza e trabalhar lá. No entanto, Nilza dispensou o funcionário pouco depois por não gostar do serviço dele.