Um dos pilares do Programa de Saneamento Integrado (Prosai) de Parintins (369 quilômetros de Manaus) é a comunicação com a comunidade, processo que é desenvolvido através de plantões sociais para tirar dúvidas da população e da atuação do Grupo de Apoio Local (GAL). O GAL é formado por membros escolhidos pela própria comunidade, para serem os porta-vozes junto ao programa.
O Prosai é desenvolvido pelo Governo do Amazonas, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb). O secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo, ressalta que a relação estreita com a comunidade é muito importante para o sucesso das ações, em todas as suas etapas. “Isso envolve total disponibilidade da equipe para prestar esclarecimentos, informar sobre cada fase desenvolvida e sobre os cuidados que devem ter nas áreas onde as obras são executadas”, explica.
O GAL tem um papel importante, nesse aspecto. O grupo é formado por 109 pessoas eleitas para desempenhar a tarefa de servir de elo entre o programa e a população beneficiada, garantindo que as informações cheguem de forma clara, acessível e, acima de tudo, respeitando as características e necessidades locais. “O grupo é ponto de referência para os moradores, proporcionando um canal direto e confiável de comunicação, tanto para esclarecer dúvidas, quanto para coletar feedbacks e sugestões”, ressalta a subcoordenadora Social da UGPE, Viviane Dutra.
“O grupo é essencial em todas as fases do projeto. Nossa comunicação com eles ocorre por meio de reuniões mensais e atualizações semanais. Sempre que damos um novo passo, também compartilhamos as informações em um grupo que mantemos no WhatsApp. Temos, ainda, um grupo geral chamado ‘Prosai Notícias’, no qual qualquer pessoa da população de Parintins pode participar”, disse ela.
A servidora pública Ana Santana Costa de Oliveira, 56, moradora do bairro Palmares, um dos locais de intervenção do Prosai Parintins, é uma das pessoas que representam os moradores no GAL e tem a responsabilidade de repassar com clareza as informações acerca do programa aos vizinhos. Ela conta que, no início, sentiu desconfiança e medo em relação às mudanças com o programa. No entanto, na medida em que teve suas dúvidas esclarecidas, passou a confiar no projeto e, hoje, tem esse papel de transmitir as informações para os outros moradores.
“Eu me candidatei para fazer parte desse grupo justamente por isso, por causa das minhas dúvidas. Mas, ao fazer parte do grupo, minhas dúvidas foram sendo esclarecidas, e passei a entender melhor o projeto. Eu achava que era apenas politicagem, mas, graças a Deus, estou vendo resultados reais. Então, agora acredito mais no projeto e tenho fé que ele trará melhorias”, afirmou.
A atuação do GAL não se limita à comunicação passiva. Além de disseminar informações, os membros do grupo desempenham um papel ativo na implantação do programa, identificando pontos críticos, sugerindo melhorias e ajudando a resolver desafios que surgem durante a execução das ações, observa Viviane Dutra.
Com a atuação dos membros do GAL, os moradores passam a ter voz ativa e a ocupar posição de protagonistas. “O GAL vem atuando desde a fase de consulta pública. É importante lembrar que não é um grupo fechado. O convite é para todos os interessados que queiram assumir esse papel de liderança comunitária. A nossa equipe também fica à disposição da população”, frisa. O Prosai Parintins, segundo Viviane, dispõe de um contato de atendimento individual pelo WhatsApp e pelo telefone (92) 99124-6829.
FOTO: Tiago Corrêa/UGPE
