O Ministério da Justiça e Segurança Pública instituiu nesta sexta-feira (17) o Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais para monitorar casos relacionados a condutas violentas contra profissionais de imprensa.

O observatório terá um banco de dados com indicadores sobre atos de violência contra jornalistas e comunicadores sociais. A portaria assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também diz que apoiará as investigações nesses casos.

A Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), que tem à frente Augusto de Arruda Botelho como secretário, será responsável pelo observatório e deverá sugerir a adoção de políticas públicas voltadas à garantia das funções dos jornalistas, em articulação com as demais áreas competentes.

O Ministério da Justiça não divulgou quem serão os membros do observatório.

Dados alarmantes

O número de ataques à categoria e a veículos de imprensa no ano passado chegou a 376, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi apontado como responsável por 104 casos (27,66% do total).

Os dados fazem parte do Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022, lançado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) em janeiro.

O levantamento da FENAJ aponta que houve crescimento de formas de violência mais diretas e graves, como ameaças, hostilizações e intimidações, com 77 casos, e agressões físicas, com 49 casos.

No dia 8 de janeiro deste ano, quando a imprensa estava cobrindo os ataques aos Três Poderes nos atos de vandalismo, cinco jornalistas foram agredidos e tiveram objetos de trabalho roubados. Os atos motivaram a criação do Observatório, pelo Ministério da Justiça.

Foto: Isaac Amorim/MJSP

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