O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou estável em setembro, em 107,8 pontos, mantendo-se abaixo dos 110 pontos, o que reflete um resultado positivo.
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista da FGV, a análise dos dados diários revelou uma queda no indicador até meados do mês.
“Ao longo do mês a queda foi motivada pelos resultados fortes da economia: PIB veio acima do esperado, o mercado de trabalho tá forte, a renda tá elevada”.
Na segunda quinzena, no entanto, voltou a subir, pressionado pelas discussões sobre taxa de juros e o cenário político internacional.
“A guerra no Oriente Médio contribui para esse aumento, junto com a incerteza em torno da política monetária para os próximos meses. No geral, o resultado da incerteza permanece numa faixa de incerteza moderada, o que reflete um resultado positivo, quando a gente olha historicamente. O índice de incerteza ficou, por muito tempo, acima de 110 pontos, que seriam as faixas desfavoráveis de incerteza que impactariam consumo e investimento da economia”.
Ainda de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira pela FGV, dos itens que compõem o indicador, o “componente de mídia caiu 0,1 ponto este mês, alcançando 106 pontos, menor nível desde março, quando atingiu 105,6 pontos.
O componente de Expectativas, por sua vez, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quinta vez seguida, agora em menor ritmo, em 0,1 ponto. O indicador registra em setembro 111,5 pontos, maior nível desde junho do ano passado, quando atingiu 116,8 pontos.
Fonte: Agência Brasil