Discussão das ações de Vigilância, Assistência e Pesquisa em Febre Oropouche é o tema de oficina promovida pelo Ministério da Saúde, com apoio do Instituto Leônidas e Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia), nesta quarta-feira (21/02). A iniciativa contou com a participação da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde.
Com a palestra “Ressurgência da Febre Oropouche no Brasil: Experiência Amazonas”, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, discorreu sobre o cenário epidemiológico da doença no estado, enfatizando o diagnóstico laboratorial para arboviroses realizado pela Fundação.
“A FVS-RCP realiza, desde 2021, o monitoramento por meio de diagnóstico laboratorial para arboviroses, que inclui o resultado de exame para dengue, zika, chikugunya, Febre Oropouche e Febre do Mayaro. E, dessa forma, identificamos um cenário epidemiológico diferente do que ocorre em outros estados, com a positividade maior para Febre Oropouche do que dengue”, informou Tatyana.
Para a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância e Ambiente (SVSA), Alda Maria da Cruz, a expertise da vigilância estadual do Amazonas é importante para compartilhamento coletivo para construção de novos processos de trabalho.
“Amazonas conseguiu identificar, de forma oportuna, que muitos dos casos notificados para dengue era, na verdade, de Febre Oropouche. Então, essa reunião tem essa perspectiva de desenharmos a nossa estratégia de investigação dessa doença para que possamos, em critérios científicos, estabelecer rotinas para o futuro”, reforçou Alda.
A oficina contou com a organização do Ministério da Saúde e da Fiocruz Amazônia, além de contar com a participação de técnicos especializados do Instituto Evandro Chagas, da Fiocruz Rondônia, da FVS-RCP, Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Amazonas.
Casos da doença no Amazonas
Conforme o boletim do cenário de arboviroses no Amazonas mais atualizado, com dados até 15 de fevereiro, foram confirmados, por critério laboratorial, 1.258 casos para Febre Oropouche. Os dados da doença constam no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
FOTO: Anne Alves/FVS-RCP