‘Faça Bonito’: Campanha de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

Durante todo o mês de maio, Sejusc participará de extenso calendário de ações alusivas à campanha

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O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), lançou, nesta quinta-feira (02/05), a edição deste ano da campanha “Faça Bonito”, iniciativa que visa conscientizar a população sobre o abuso sexual na infância e adolescência. O lançamento ocorreu no Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), com transmissão para todo o estado. 

A atividade foi coordenada pelo Comitê de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (CEVSCA) e contou com a participação da secretária da Sejusc, Jussara Pedrosa. Durante o lançamento, foi anunciado um extenso calendário de ações alusivas à campanha, para todo o mês de maio.

“Hoje nós iniciamos o mês do Faça Bonito, temos o dia 18 de maio, Dia Nacional do Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, é um mês que nós teremos diversas ações enquanto Sejusc, enquanto toda rede de proteção, mas é bom ressaltar que esse é um trabalho que a secretaria, como toda rede de proteção, faz durante um ano todo”, pontua Jussara. 

A titular da Sejusc lembrou que, na tarde desta quinta-feira, o Teatro Amazonas será iluminado com a cor laranja, também em alusão ao “Faça Bonito” e que a campanha é feita com atores diversos, cada um de grande importância para o resultado final. 

“Nós temos a delegacia da criança e do adolescente, o conselho estadual da criança também, como também a Seduc, todas as outras redes envolvidas. O legislativo, judiciário, executivo e as organizações da sociedade civil que apoiam todo esse trabalho”, destacou a secretária. 

Programação

Entre os dias 2 e 20 de maio, a Sejusc apoiará as atividades da Secretaria da Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) na operação “Caminhos Seguros” – para reprimir a exploração sexual infantil e de adolescentes -, com apresentação dos resultados ao fim deste período.

Seminários, reunião para criação do fluxo de denúncias de abusos sexuais sofridos no âmbito de territórios tradicionais – promovida pelo Ministério Público Federal (MPF), atos públicos e ações com instituições ligadas à Sejusc também estão no calendário. 

Na abertura, a chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Letícia Prado, palestrou sobre a ação da PF no combate aos crimes. “Ainda que seja uma delegacia cibernética, a gente atua em aldeias indígenas. Então nós já fizemos operações. Não é um crime de natureza cibernética, mas ele tem a questão do abuso sexual”, frisou a delegada. 

“De fato, a natureza da maior parte dos crimes que têm atribuição investigativa da polícia federal é virtual, geralmente nós descobrimos esse crime porque o ofensor produz imagens, produz fotos e coloca na internet e, nesse momento, a gente capta essas imagens, esses vídeos na internet e, a partir daí, nós chegamos na pessoa que produziu esses vídeos ou na pessoa que está difundindo”, explica a delegada. 

Educação

Entre os dias 6 e 10 de maio, a secretaria promoverá palestras educativas e preventivas ao abuso sexual na infância e adolescência, em escolas das redes estadual e municipal do município de Silves (distante 204 quilômetros de Manaus). Na semana seguinte, de 13 a 17 de maio, é a vez das unidades de ensino de Itapiranga (distante 227 quilômetros da capital) receberem as atividades.

Mailson Rafael Ferreira, diretor do departamento de políticas educacionais para a diversidade da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, diz que a escola deve ser um território de segurança para que esses meninos e meninas se sintam seguros em falar, em fazer denúncias, e que a sensação de segurança deve ser paras os estudantes e para suas famílias.

“A gente também tem o Nise, que está aí aberto para ouvir as denúncias, receber denúncias, encaminhar a Comissão de Enfrentamento ao Assédio Moral Sexual, que é a Ceams, e também a gente faz todo o acompanhamento, juntamente com o Conselho Tutelar. Quando a gente recebe denúncias, a gente faz encaminhamento aos órgãos competentes, polícia, Conselho Tutelar, e a gente trabalha toda essa rede de proteção às crianças e adolescentes”, assegura o representante. 

Foto: Lincoln Ferreira/Sejusc

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