Em Atalaia do Norte, Defensoria atua em comunidade que enfrenta crise de falta de água potável

Durante uma visita ao local, o defensor público do Polo do Alto Solimões André Beltrão constatou a gravidade da situação

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A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) encaminhou um ofício para a Prefeitura de Atalaia do Norte (distante 1.136 quilômetros de Manaus) solicitando ajuda para a comunidade ribeirinha São João, localizada a apenas 15 minutos da sede do município, que está sem acesso à água potável por conta da inoperância do sistema SALTA-z, uma solução de tratamento de água essencial para o abastecimento local.

O equipamento está quebrado há oito meses, o que agrava a situação diante da seca que dificulta ainda mais o acesso à água. Durante uma visita ao local, o defensor público do Polo do Alto Solimões André Beltrão constatou a gravidade da situação. “Estamos aqui para entender as principais consequências e dificuldades decorrentes da estiagem. Detectamos que o problema da falta de água potável, causado pela quebra do SALTA-z, não é isolado. É uma situação recorrente na região, que prejudica não só a saúde das pessoas, mas também toda a estrutura da comunidade”, alertou.

Com o nível dos rios baixos, os ribeirinhos encontram dificuldades até para as tarefas mais básicas do dia a dia. “A água que conseguimos é barrenta, e a distância para trazê-la do porto até a comunidade está cada vez maior por causa da seca. Estamos há quase oito meses tentando resolver essa situação, mas nada acontece”, afirmou o líder comunitário Abraão Gomes Tenazon.

Segundo ele, a comunidade “tem se sentido esquecida pelas autoridades”, mesmo enfrentando dificuldades tão básicas e essenciais quanto a falta de água potável. “Água é vida, e esperamos que alguém olhe por nós”, desabafou.

A estiagem severa tem causado impactos profundos nas comunidades ribeirinhas, e a falta de soluções urgentes para garantir o abastecimento de água pode acarretar problemas ainda maiores para a saúde e o bem-estar da população, conforme explicou o defensor André Beltrão.

“A Defensoria Pública do Amazonas, ao identificar a situação, se compromete a buscar soluções junto às autoridades competentes para que o problema seja solucionado e as famílias possam voltar a ter acesso à água potável o quanto antes”, concluiu.

Foto: Allan Leão/DPE-AM

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