O jornalista Maurício Kubrusly virou um dos nomes mais comentados, na noite de domingo (20), ao ser homenageado pelo Fantástico, da TV Globo.
Famoso por seu quadro “Me Leva, Brasil”, Kubrusly hoje vive no sul da Bahia com sua esposa, Beatriz Goulart, e seu cachorro, Shiva.
Conforme relatou o Fantástico, o jornalista deixou a capital de São Paulo para viver na praia e próximo da natureza após ser diagnosticado com Demência Frontotemporal (DFT). A doença é a mesma com a qual foi diagnosticado o ator Bruce Willis em fevereiro deste ano.
“A memória se foi, mas, como ele sempre diz, permanece sua enorme paixão pela vida e pela gente brasileira”, homenageou a emissora.
O que é a demência frontotemporal (DFT)?
A demência frontotemporal (DFT) refere-se a um grupo de distúrbios causados pelo acúmulo da proteína “tau” e outras proteínas que destroem os neurônios nos lobos frontais do cérebro (atrás da testa) ou nos lobos temporais (atrás das orelhas).
A condição geralmente aparece entre os 45 e 64 anos, de acordo com a Alzheimer’s Research UK.
“É o tipo mais comum de demência em pessoas com menos de 60 anos. DFT pode causar problemas de comunicação, bem como mudanças no comportamento, personalidade ou movimento”, de acordo com uma declaração da Associação de Degeneração Frontotemporal.
As pessoas com DFT normalmente vivem de seis a oito anos com essa condição, de acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA.
Entre 10% e 30% dos casos de DFT são hereditários. Além da genética, não há outros fatores de risco conhecidos, embora os pesquisadores estejam estudando qual o papel que a tireoide e a insulina podem desempenhar no início da doença.
Quais são os tipos de DFT?
A DFT pode se manifestar de diferentes formas nas pessoas. Por exemplo, no caso do ator Bruce Willis, que teve como primeiros sintomas a fala arrastada, o tipo de DFT diagnosticado foi a chamada “afasia progressiva primária”.
“A afasia realmente significa problemas com a linguagem. E isso pode variar de ter problemas para encontrar palavras para entender o que as pessoas estão dizendo”, explicou Dr. Henry Paulson, professor de neurologia e diretor do Michigan Alzheimer’s Disease Center, da Universidade de Michigan.
Foto: Tv Globo/Fantástico