Corpo de Bombeiros envia homens para buscas às vítimas de naufrágio

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O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) enviou, nesta quarta-feira (04/03), quatro mergulhadores para auxiliar as operações de mergulho de resgate no Amapá, na área em que a embarcação Anna Karoline III naufragou, no último sábado (29/02). Os homens fazem parte do Pelotão Fluvial dos Bombeiros, especializado em localizar vítimas de acidentes aquáticos.

De acordo com o último boletim divulgado pelo Governo do Amapá, na noite de segunda-feira (02/03), 46 pessoas já haviam sido resgatadas com vida, 18 corpos foram encontrados e outras 12 vítimas seguem desaparecidas. Os quatro bombeiros militares do Amazonas desembarcaram hoje no estado do Amapá e irão permanecer colaborando com a operação até que as buscas sejam encerradas. A operação se concentra entre os municípios de Santana (AP) e Santarém (PA).

O comandante geral do Corpo de Bombeiros do Amazonas, coronel Danízio Valente, frisou que o efetivo foi solicitado pelo Governo do Amapá, uma vez que o Amazonas dispõe de equipamentos especializados para este tipo de operação. Além de ter qualificação profissional, os bombeiros mergulhadores utilizam nas missões cintos com lastros, máscaras, lanternas, faca, capuz de mergulho, botas, luvas e nadadeiras.

“O comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá entrou em contato comigo ontem (03/03) à noite, solicitando equipe e equipamento de mergulho para atuar, juntamente com os mergulhadores dele e dos mergulhadores dos Bombeiros do Pará, na situação do naufrágio da embarcação. Logo o governador do Amapá entrou em contato com o governador do Amazonas, Wilson Lima, que disponibilizou os mergulhadores”, pontuou coronel Danízio Valente.

No ano passado, o governador Wilson Lima entregou novos equipamentos ao Corpo de Bombeiros. Para o Pelotão Fluvial foram destinadas 100 unidades de lastros, 50 coletes salva-vidas, 40 nadadeiras, 30 válvulas de 1º e 2º estágio, 20 coletes equilibradores, 15 cilindros tipo S80, dez facas de mergulho, dez lanternas de mergulho, oito consoles triplos para mergulho compostos por manômetro, profundidade e bússola, e três compressores de alta pressão.

Sobre o Pelotão Fluvial – Composto por 16 bombeiros mergulhadores, o pelotão de elite atendeu a 106 ocorrências de resgate de pessoas em rios e igarapés do estado, no ano passado. Deste total, 64 foram de resgate de corpos. A equipe também atua em casos de resgate de objetos ou animais. Mais de 60% dos casos foram registrados em Manaus.

Segundo o comandante do Pelotão Fluvial, o subtenente José Fernando Liberato, os mergulhadores só podem atuar em conjunto, em uma quantidade mínima de quatro bombeiros. Por isso, quando há ocorrências no interior, efetivo da capital é encaminhado para apoio. Além de Manaus, há bombeiros mergulhadores em Parintins, Manacapuru e Presidente Figueiredo.

O treinamento para formação de um mergulhador ocorre fora do Amazonas. Uma seleção é realizada, e os classificados são encaminhados para o treinamento de pouco mais de um mês. Segundo Liberato, o curso é rigoroso, e muitos profissionais desistem antes de concluí-lo.

Sobre o naufrágio – O barco Anna Karoline III saiu do município de Santana (AP) por volta das 18h de sexta-feira (28/02), em direção a Santarém (PA), com previsão de chegada às 6h de domingo (1º/03). A embarcação afundou na madrugada de sábado (29/02). De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a empresa proprietária do navio não tem autorização para atuar na área onde a embarcação afundou. A Agência enviou dois servidores ao Amapá para apurar as circunstâncias do naufrágio.

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