Cigás chega aos 14 anos e ultrapassa R$ 1 bilhão em investimentos na rede de distribuição

Concessionária é responsável pelo serviço público de distribuição de gás natural

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Com atuação estratégica na evolução do setor de gás natural (GN) no estado, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) chega aos 14 anos de operação comercial, neste mês de dezembro, e já acumula R$ 1,047 bilhão em investimentos (valores corrigidos) no sistema de distribuição do combustível.  A concessionária é a responsável pelos serviços públicos de distribuição e comercialização do GN no estado.

“Chegamos a esses 14 anos de operação comercial extremamente satisfeitos com os resultados expressivos alcançados. E com perspectiva de fazer com que o nosso serviço possa avançar ainda mais, a partir de investimento superior a R$ 350 milhões até 2028, possibilitando, assim, que mais usuários tenham acesso ao serviço”, frisa o diretor-presidente da Companhia, Heraldo Câmara.

Os recursos aplicados pela Companhia viabilizaram a expansão da capacidade de distribuição do gás natural no Amazonas com a construção de 313 quilômetros de rede de gasodutos. Essa infraestrutura, edificada com base em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e construída a partir de modernas técnicas, garante confiabilidade ao serviço e fornecimento contínuo às unidades consumiras (UC’s).

Com esse ritmo de expansão, a Cigás chegou ao patamar histórico de 22.761 usuários contratados no mês de outubro, dos segmentos termelétrico, industrial, veicular, comercial, residencial e autogeração/liquefação. Divididos por segmentos, são 19 usuários do termelétrico, 78 indústrias, 284 unidades no comercial, oito postos de combustíveis, 22.761 usuários do segmento residencial e um usuário de autogeração/liquefação.

A malha de distribuição de gás natural já percorre mais de 30 bairros de Manaus, em todas as zonas da capital, entre os quais, Colônia Terra Nova, Lago Azul, Novo Israel, Santa Etelvina, Armando Mendes, Colônia Antônio Aleixo, Gilberto Mestrinho, Alvorada, Dom Pedro, Compensa, Ponta Negra, São Jorge, Tarumã, Aleixo, Adrianópolis, Chapada, Flores, Nossa Senhora das Graças, Parque 10 de Novembro, São Geraldo, Centro, Distrito Industrial, Japiim, Praça 14 de Janeiro, Presidente Vargas e Vila Buriti.

Interiorização do serviço para geração de energia

Os investimentos propiciaram ainda um importante passo na interiorização do serviço de gás natural canalizado, com a implantação de sistemas de distribuição, que abastecem com gás natural usinas termelétricas (UTE’s) dos municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Coari, Codajás para a geração de energia elétrica, além da própria capital (Manaus) e do projeto de liquefação e autogeração em Silves.

O abastecimento de usinas termelétricas representou, ao longo dos anos, outro marco: a mudança da base da matriz energética do Amazonas. Hoje, o GN é a principal fonte de geração de energia elétrica no estado. Essa condição é comprovada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Dados referentes ao mês de setembro da empresa, apontam que, no Amazonas, o gás natural representa 82,6% da matriz de geração de energia elétrica do sistema interligado.

Desenvolvimento econômico

Por se tratar de uma fonte de energia versátil e de menor custo, o gás natural tem contribuído para o desenvolvimento econômico do Amazonas. No âmbito da competitividade, ao se comparar a outros combustíveis, o gás natural pode significar redução de custos de até 57% no segmento industrial, 51% no comercial, 37% no veicular e 50% no residencial.

No que se refere à diversificação em termos de aplicabilidade, o GN pode ser utilizado como geração de energia elétrica e de vapor, aquecimento, secagem, climatização, bem como combustível para frotas de veículos e/ou empilhadeiras e cocção de alimentos nos refeitórios. Essa característica contribui para maior eficiência no consumo.

Também se deve destacar que a distribuição de gás natural é feita por rede canalizada, os chamados gasodutos, que ficam enterrados, descartando a necessidade de estocagem. Outro benefício adicional é o fato de que o uso do gás natural reduz os tempos de parada de processos industriais para limpeza de equipamentos.

Atualmente, empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), como Moto Honda, Yamaha, PCE, Caloi, Coca-Cola, Metalfino, Ambev e CTK Embalagens, já utilizam gás natural em seus processos fabris. No segmento comercial, o combustível é fornecido a uma variedade de empreendimentos, como shoppings, supermercados, academias, padarias, lavanderias e restaurantes, e o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz.

Esses benefícios são reforçados por usuários do serviço. “Resolvemos adotar o gás natural por conta de sua eficiência, bem como por ser financeiramente melhor para a empresa”, afirma o representante da área de Administração da empresa CTK Embalagens, Fabrício Carvalho. 

O superintendente de Operação do Hospital Delphina Aziz, Leonardo Marques, explica que o gás natural é utilizado em dois processos na unidade hospitalar – na lavanderia com a secagem de roupa e no preparo dos alimentos no setor de nutrição -, permitindo que a operação ganhasse em eficiência, pois antes era preciso fazer estocagem e controle para reposição de estoque.

Impacto ambiental

Recentemente, foi mensurado o efeito dessa fonte de energia limpa, a partir de seu uso no segmento termelétrico, no equilíbrio das condições ambientais.  A Cigás realizou estudo baseado em metodologia prevista na Norma Brasileira de Mudanças Climáticas – NBR ISO 14064, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O resultado revelou que 6.294.579 de toneladas de carbono equivalente ou gases de efeito estufa (GEE) deixaram de ser emitidos a partir da aplicação do gás natural na matriz energética do Amazonas. Os dados analisados compreenderam o volume demandado por 13 termelétricas no período de 2010, quando iniciou a operação comercial da Cigás, até 2023.

FOTO: Ícaro Guimarães/Cigás

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