No dia 4 de junho, às 18h30, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia recebe a exposição “Juruti – Festival das Tribos”, do fotógrafo paraense Alexandre Baena, que apresenta a exuberante festividade dos povos originários da Amazônia Paraense. Em Manaus, a exposição tem o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

A mostra, que foi lançada oficialmente no dia 20 de fevereiro, no Senado Federal, em Brasília, seguiu em itinerância para Porto Alegre, Vitória e Salvador, e agora chega ao Norte do Brasil, aportando em Manaus. A exposição é parte integrante das comemorações pelos 30 anos do Festribal, festival folclórico realizado na cidade de Juruti, no Pará.

Juruti-Festival das Tribos, que também tem a curadoria do fotógrafo Alexandre Baena, remete ao compromisso com a salvaguarda das tradições e a preservação do meio ambiente. “A imersão na festividade não foi apenas participar e fotografar um momento, o Festribal é o relato da cultura e história de um povo narrado de forma excepcional”, afirma o fotógrafo.

Segundo Baena, trata-se de cantos, mitos, tradições, dança e a essência de uma ancestralidade que merece toda atenção e respeito, remetendo também ao compromisso de preservação da tradição e do meio ambiente. “Estamos levando ao Brasil, não apenas imagens, mas as raízes Munduruku e Muirapinima, a paixão, o amor de um povo expresso em uma das mais ricas manifestações culturais da Amazônia paraense. São 14 telas que representam a força pulsante do Tribódromo de Juruti em todo seu êxtase”, define o fotógrafo.

Festribal 

O palco das apresentações do Festribal é o Tribódromo, onde se apresentam as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo), que se enfrentam pela conquista do título. A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. 

O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival. Entre mitos, ritos, tradições e temáticas atuais a disputa entre as tribos projeta o município para o turismo, potencializando o desenvolvimento social e econômico da cidade de Juruti, que hoje tem seu destaque pela grandiosidade do evento, comparado aos grandes festivais. 

No mês de julho o festival consegue nutrir a cadeia econômica, quando diversos atores tanto da economia formal quanto da economia informal são contemplados, desde os artesãos, transporte, rede hoteleira, vendedores ambulantes, restaurantes e tantos outros envolvidos direta e indiretamente na construção e movimentação do evento. 

A cidade de Juruti é um município localizado no oeste do Pará, cercado por rios, florestas e uma riquíssima biodiversidade com aproximadamente 60 mil habitantes. O Festribal se personifica em sua gente que traz um legado indígena ressaltando a importância dos povos originários impressos nos costumes, tradições e lendas. A festividade tem esse objetivo de resguardar as tradições indígenas para esta e para as futuras gerações.

O fotógrafo 

Com diversos trabalhos audiovisuais e fotográficos no Brasil e em vários países como França, Itália, Inglaterra, Suíça e Portugal, Alexandre Baena, realizou no ano de 2023, sua primeira itinerância nacional, tendo como tema a Marujada, devotos de São Benedito da cidade de Bragança no Pará; a exposição “Esmolação – Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil”, apresentada em São Paulo, no Senado Federal, em Brasília, Bahia, Paraná, além de Belém e Bragança, no Pará. Baena é publicitário, cineasta e documentarista. 

A exposição “Juruti – Festival das Tribos”, tem o patrocínio da Prefeitura de Juruti, Governo do Estado do Pará, através do Banpará, Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur), com realização MAB comunicação. Em Manaus, tem o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

FOTO: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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