O boi-bumbá Caprichoso foi o primeiro a se apresentar neste sábado (25/06), segunda noite do 55º Festival Folclórico de Parintins. Na arena do Bumbódromo, o Touro Negro desenvolveu o subtema “Amazônia-Aldeia: o brado do povo”, que faz parte da temática “Amazônia: Nossa luta em poesia”. O espetáculo retratou a pluralidade e resistência dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Entre os integrantes do elenco azul e branco, o sentimento foi de emoção e gratidão, por poder estar vivenciando o festival do reencontro.
“A emoção é natural, é de um encontro, depois de dois anos. Esse reencontro é para lavar a alma, para emocionar de verdade, aflorar a sensibilidade da gente. E o Caprichoso, se Deus quiser, vai ser campeão”, disse Júnior Paulain, animador do Caprichoso, que também já foi apresentador e amo do boi.
O compositor do boi azul, Juarez Lima Filho, que perdeu a mãe e outros familiares para a Covid-19, também se emocionou com a retomada do festival. “É um prazer novamente viver essa festa, esse festival. É um festival diferente, sobretudo da renovação da fé”, afirmou.
“A gente está aqui também por eles em memória, em especial a minha mãe querida, que era uma guerreira do galpão do Caprichoso, Irlani Lima. O Caprichoso faz esse resgate de sentimento, de renovação e, sobretudo, da fé”, ressaltou Juarez.
Investimentos – A estrutura disponibilizada pelo Governo do Amazonas para a realização do 55º Festival Folclórico de Parintins inclui 2 mil servidores estaduais envolvidos na operação da festa, que movimenta a economia do município.
Na área da saúde, são 60 profissionais incluindo médicos e enfermeiros. Dois ambulatórios foram montados, um para os torcedores do Caprichoso e outro para a galera do Garantido.
Na segurança pública são mil servidores, somando efetivos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Secretaria de Segurança Pública (SSP).