Domingo é o primeiro dia da semana de trabalho em Israel. De forma pouco comum, as ruas do país amanheceram vazias. Os ataques do Irã surpreenderam mesmo uma população acostumada a uma rotina de guerras.

Depois de uma madrugada em claro, acompanhando ao vivo os ataques, os israelenses acordaram com uma sensação ambígua: o alívio pelo bom funcionamento do sistema de defesa, mas também o temor do que está por vir.

Depois de décadas lutando contra grupos paramilitares, como Hamas e Hezbollah, Israel voltou a ser diretamente atacado por um Estado soberano. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que haverá resposta ao Irã.

A partir da tarde deste domingo (14/4), o Gabinete de Segurança se reúne para tomar a decisão sobre como será o contra-ataque. Para se defender, Israel recebeu apoio amplo da comunidade internacional. Estados Unidos, França, Reino Unido e Jordânia também abateram drones e mísseis iranianos.

Foram mais de 300 projéteis disparados, entre drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. Uma base da Força Aérea em Nevatim, no sul do país, foi levemente atingida, mas já opera normalmente. Uma menina de sete anos de idade foi ferida por estilhaços e está internada em estado grave.

Brasil pediu esforço para conter tensão no Oriente Médio

O governo brasileiro manifestou grave preocupação com os relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores ainda no último sábado (13/4).

Conforme a nota, desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o governo brasileiro informou que já havia alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O comunicado pede que todas as partes envolvidas exerçam máxima contenção e chama a comunidade internacional para mobilizar esforços e evitar uma escalada.

O governo recomenda ainda que brasileiros evitem viagens não essenciais a países como Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã, e que aqueles que estejam nesses países, que sigam as orientações divulgadas nos sites das embaixadas brasileiras. O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região desde outubro do ano passado.

A tensão no Oriente Médio aumentou depois que o consulado iraniano em Damasco, na Síria, foi bombardeado em 1º de abril. Nesse ataque, morreram sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, além de seis cidadãos sírios. O Irã responsabilizou Israel pelo ataque e prometeu retaliar Tel Aviv pela agressão.

Foto: AFPTV / AFP / Fonte: Rádioagência Nacional

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