No município de Tonantins, no Interior do Amazonas, um homem de 38 anos, acusado de feminicídio e tentativa de homicídio, foi linchado e queimado vivo por uma multidão após ser preso.
Segundo informações, o homem assassinou sua companheira de 44 anos, com golpes de faca na cabeça e sinais de asfixia, e esfaqueou a enteada de 21 anos, que foi internada com ferimentos na cabeça.
A Polícia Civil (PC-AM) identificou e prendeu o suspeito em uma área de mata, onde ele se entregou. Contudo, ao ser levado à 54ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), uma multidão invadiu o local, arrancou o homem da cela, espancou-o com socos, chutes e pauladas, e ateou fogo em seu corpo na via pública, conforme registrado em vídeos por populares.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar os responsáveis pelo linchamento, e a Polícia Militar enviou 10 policiais do Batalhão de Choque para restaurar a ordem no município.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que o caso será apurado com rigor, mas a identidade do homem e os motivos exatos da revolta popular ainda não foram totalmente esclarecidos.
Esse tipo de incidente levanta questões sobre a segurança pública, a confiança nas instituições e a escalada de violência em comunidades pequenas, como Tonantins, que tem cerca de 19.247 habitantes e enfrenta desafios de infraestrutura policial.
A revolta pode estar ligada à indignação com o crime brutal, mas a ação da multidão também evidencia falhas no controle da situação pelas forças de segurança presentes, que recuaram devido à hostilidade e ao número de pessoas envolvidas.
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Imagens: Redes Sociais